Hoje em dia está muito em voga chamarem-se "rastas" às tranças que certas pessoas usam. Devo dizer que esta designação é incorrecta, pois "rasta" é uma pessoa cuja religião é o "rastafari".
Na verdade e como o atesta este retrato de Jesus Cristo (Etiópia, séc. XVIII), essas tranças naturais são designadas de "locks" (tradução exacta). Na Jamaica são também conhecidas por "dreadlocks". Os "dreadlocks" são o aspecto mais saliente de uma pessoa "rasta" e contêm também o seu próprio simbolismo.
Algumas ilustrações antigas de Jesus mostram tranças, o que na realizada foi adoptado pelos "rastas".
Os principais responsáveis pela divulgação desta religião e do uso e significado dos "locks" foram os artistas Bob Marley (em cima) e Peter Tosh (em baixo), ambos jamaicanos.
Há quem veja nas "locks" um “penteado” com estilo e por isso gostavam de o experimentar. Mas, não. Não é esse o objectivo nem o significado das "locks", até porque não são, de forma alguma, “um penteado” e uma vez feitas, as "rastas" não podem ser desfeitas ou “despenteadas”. É a forma natural do cabelo humano.
Estes longos "canudos" que não são escovados (mas devidamente lavados por quem os usa), simbolizam a união com Jah (Deus) e o empenho numa vida justa e natural.
Moral da história: Nem todos os "rastas" têm "locks" e nem todos os que usam "locks" são "rastas".
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