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É certo que se esperavam muitas dificuldades uma vez que a Académica venceu três jogos nas últimas cinco partidas realizadas no Estádio da Luz. Mas pior do que isso foi mesmo a desinspiração dos jogadores encarnados.
De referir que Jorge Jesus não pôde contar com Matic (castigado após expulsão ridícula no jogo anterior frente ao Nacional) nem com Cardozo (também expulso na Choupana por pontapear um jogador adversário, com a agravante de ter puxado a camisola do árbitro Pedro Proença). Curiosamente, ambos os jogadores foram punidos com um jogo de suspensão. Mas Cardozo ainda levou uma coima. Não deixa, contudo, de ser incompreensível tal decisão do conselho de disciplina. André Gomes também esteve ausente, após se lesionar no jogo europeu.
Para fazer face a estas perdas, André Almeida rendeu Matic e Rodrigo jogou ao lado de Lima. André Almeida foi talvez o pior jogador do Benfica, errando sistematicamente passes e não executando atarefa que se lhe era exigida no miolo do terreno.
A formação visitante limitou-se a defender, defender, defender e... esporadicamente tentar contra-ataques, sempre anulados à entrada do meio campo. Ainda assim, pertenceram ao Benfica as únicas oportunidades de golo.
Primeiro foi a vez de Rodrigo (6') rematar com perigo às malhas laterais da baliza de Ricardo. Seguiu-se-lhe Maxi Pereira, com um remate acrobático (20’), Lima (26’), através de um cabeceamento, e Enzo Perez (30'). O guardião Ricardo, atento, negou o golo à insistência "encarnada".
Na etapa complementar, mais do mesmo: uma Académica a defender e um Benfica, apesar de menos lento, à procura do golo. Ricardo continuou a ser o melhor jogador dos "estudantes", fazendo belas defesas, mas também contou com a ajuda dos postes.
Ola John foi o primeiro a ver a bola a esbarrar no ferro (49’). No entanto, em defesa da verdade desportiva,o lance foi precedido de infracção que passou despercebida ao auxiliar, quando Lima puxou pelo ombro um defesa da Académica, antes de ficar com a bola e passar a Olah John. Felizmente, não resultou em golo, pois teríamos "pano para mangas" durante a semana.
Rodrigo, Salvio e Lima bem tentaram a sua sorte, mas encontraram sempre um muito inspirado Ricardo entre os postes da baliza da Académica.
E ao minuto 80, foi a vez de Melgarejo ver negado o golo com uma espectacular defesa de Ricardo, que ainda contou com a ajuda do poste.
E ao minuto 80, foi a vez de Melgarejo ver negado o golo com uma espectacular defesa de Ricardo, que ainda contou com a ajuda do poste.
Decorria o 4.º minuto dos 5 de descontos concedidos pelo árbitro Nuno Almeida, quando Gaitán foi puxado pela camisola por João Dias dentro da grande área. O árbitro foi peremptório e assinalou grande penalidade. Na cobrança, Lima teve sangue frio para enganar Ricardo e desbloquear o nulo do marcador, dando a merecida mas suada vitória à equipa da casa.
Ainda antes do final, Hélder Cabral, que já tinha cometido duas faltas com mão na bola, sem que tenha sido admoestado com algum cartão (estranho, no mínimo), foi expulso com cartão vermelho directo, provavelmente devido a palavras proferidas à equipa de arbitragem. O mesmo atleta tinha aparentemente cometido grande penalidade aos 48 minutos, com nova mão na bola dentro da grande área. As imagens televisivas não são totalmente esclarecedoras, mas dá a ideia de que a bola sofre um ligeiro desvio no braço de Hélder Cabral, antes do seu companheiro aliviar de cabeça. Aceita-se o benefício da dúvida. Assim, não se pode compreender as afirmações do Presidente da Académica que se queixou se de uma "arbitragem disfarçadamente tendenciosa na 1.ª parte e claramente tendenciosa na 2.ª".
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À parte o mérito de cada estratégia, temos de reconhecer que cada clube faz uso dos recursos de que dispões, pelo que teremos de reconhecer o mérito do trabalho defensivo dos "estudantes". No entanto, uma equipa que pouco ou nada faz para marcar golos também não se pode queixar de sofrer golos e perder.
Este jogo serviu para confirmar a desinspiração geral dos jogadores "encarnados", demonstrando algum cansaço físico, na sequência do encontro a contar para a Liga Europa realizado na passada Quinta-feira, e que exige sempre bastante dos jogadores, agravado pelo curtíssimo espaço de recuperação (3 dias).
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