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Desde a criação, em 1997, de uma data para assinalar o Dia Mundial Sem Carros, uma iniciativa que visa à sensibilização da população mundial para a utilização de transportes públicos, com especial preferência para veículos não poluentes ou com um índice inferior ao das viaturas movidas a gasolina ou gasóleo, cada vez mais países aderem a uma série de actividades de cariz ambientalista.
No território europeu a iniciativa foi muito bem recebida, dando azo à criação da Semana Europeia da Mobilidade. Em Portugal, várias autarquias aproveitaram para canalizar esforços e fundos para a criação de ciclovias, colocando à disposição dos cidadãos bicicletas de aluguer.
Tudo isto é de louvar e muito lindo, não há dúvida nenhuma!
Entretanto, e não é de agora, a prática de actividades ligadas ao ciclismo, seja em competição (Ex: volta a Portugal em ciclismo, corridas BMX e provas BTT), seja por lazer, tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, o que, por sua vez, estimula toda uma indústria à sua volta: fábricas de bicicletas, vestuário específico, acessórios de segurança, bebidas energéticas, etc.
Não é, pois, de estranhar que encontremos um pouco por toda a parte grupos de ciclistas, sejam eles desportistas ou utilizadores normais deste veículo de transporte e de lazer.
Um problema que começa a tornar-se mais evidente é a falta de condições das chamadas ciclovias ou dos troços que ainda não têm um espaço especificamente reservado aos ciclistas. Com efeito, é com alguma preocupação que deparamos com um aumento de atropelamentos que, por todo o mundo levam a protestos em defesa de quem quer deslocar-se por este veículo e não é respeitado pelos condutores de motociclos e automóveis.
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Dependendo de factores culturais e meteorológicos, assistimos a protestos que sabem bem que trunfos usar para chamar a atenção, tal como o body painting e a nudez explícita.
Os objectivos são diferentes dos meios: alertar os condutores de veículos a motor para que tenham civismo e respeitem todos os que circulem ao longo das estradas.
Agora, convém também equilibrar o peso da balança, pois a falta de civismo também está do lado da esmagadora maioria dos ciclistas, e falo por experiência própria. Muitos atropelamentos ocorrem em passadeiras.
Trata-se de ciclistas que circulam pelos passeios (destinados a peões) e atravessam as vias, usando as passadeiras de peões montados nas suas bicicletas, geralmente em grande velocidade e, muitas vezes, com o sinal dos peões vermelho.
Estas situações constituem obviamente um perigo para os ciclistas (além de violarem o Código da Estrada, porque os ciclistas não podem circular pelos passeios. E para utilizarem tais passagens, são obrigados a atravessar a pé, levando a bicicleta à mão.
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