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[Antes de falar sobre este jogo, alguém reparou na gaffe presente na imagem acima? Se não, é porque "Vitório" deve mesmo ser uma palavra nova...]
Adiante. Defrontaram-se ontem os vencedores da Liga dos Campeões e da Liga Europa para decidir a conquista da Supertaça Europeia, troféu referente à época transacta.
De um lado, o Bayern que venceu tudo o que havia para ganhar. Do outro, o clube que venceu uma final frente a um Benfica muito superior, mas que teve a sorte de marcar nos descontos, mesmo a terminar a partida. Pois, bem, o desfecho desta partida leva-nos a afirmar que os blues "provaram do mesmo veneno", ao perderem a possibilidade de ganhar o troféu a segundos do final do prolongamento, com o empate a duas bolas, relegando a decisão final para o desempate por grandes penalidades.
Num jogo digno de uma final, do primeiro ao último minuto, assistiu-se a duas grandes equipas a fazerem tudo para levarem a supertaça para sua casa. O Chelsea, de José Mourinho, ao seu estilo, mais defensivo, mas sempre muito perigoso quando atacava. Por seu turno, o Bayern, de Pep Guardiola, com um futebol mais atacante e com mais posse de bola.
O marcador abriu-se bem cedo, logo aos 8'. Hazar lançou Shurrle pela direita e este cruzou para o coração da área onde apareceu Torres a rematar fortíssimo de primeira levando a bola a bater no poste e a entrar na baliza de Neuer (1-0).
A resposta do Bayern só se concretizaria no início da segunda parte (48') por intermédio do recém-eleito Melhor Jogador da Europa, Ribéry. O francês restabelece a igualdade com um remate "do meio da rua" que Petr Cech não consegue para, parecendo-me mal-batido (1-1).
A partir daqui quase que só dá Bayern de Munique, que cria várias oportunidades de golo desperdiçadas até ao apito final, levando assim o jogo para prolongamento. Não sem antes, Ramirez ser expulso (85') por acumulação de amarelos, após falta dura sobre Goetze.
No início do prolongamento, de novo a sorte a sorrir ao Chelsea, que volta a marcar cedo (93'), fazendo esquecer a sua inferioridade numérica (2-1). O autor do golo foi Hazard. Apesar do remate ser forte, a bola entra por baixo do corpo de Neuer, que fica francamente mal na fotografia.
Seguiu-se um período em que os blues poderiam decidir o jogo, desperdiçando oportunidades atrás de oportunidades.
Na segunda parte do prolongamento, foi a vez do Bayern tentar tudo por tudo, ao passo que o Chelsea tentava segurar a vantagem. Brilhou Cech, uma e outra vez, até que, nos últimos segundos do minuto de compensação dado pelo árbitro, o espanhol Javi Martínez aproveitou um momento de desconcentração da defesa do Chelsea, com destaque para David Luiz, para empatar novamente a partida (2-2).
[Um aparte: enquanto benfiquista, que muito sofri com a forma como o meu glorioso perdeu a final da Liga Europa, não posso negar que fiquei satisfeito com este desfecho, pois custa muito "morrer na praia".]
Na lotaria das grandes penalidades, os jogadores do Bayern converteram e marcaram os cinco penalties (Alaba, Toni Kroos, Lahm, Ribéry e Shaqiri), enquanto do lado do Chelsea, Lukaku falhou o derradeiro penalty, permitindo a defesa de Neuer, depois de David Luiz, Óscar, Lampard e Ashley Cole terem convertido batido o guardião alemão.
E esta passa a ser a primeira grande derrota de José Mourinho desde o seu regresso ao clube que o afirmou com o Special One, e novamente para o seu rival Pep Guardiola.
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