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Depois de finalmente alcançar o primeiro lugar, a par do rival Sporting, o Benfica desperdiçou uma oportunidade de se isolar na liderança do campeonato, ao consentir um empate, em casa, frente ao 15.º classificado Arouca.
Apesar do domínio quase absoluto, o Benfica não soube concretizar em golos as várias oportunidades de que dispôs, com Lima a destacar-se pela negativa nesse particular: foi assim aos 3' que cabeceou ao lado com a baliza à sua mercê; aos 24', com novo cabeceamento a que Cássio correspondeu com uma grande defesa.
O mesmo se passou com Rodrigo, que viu o guardião do Arouca impedir o golo dos "encarnados".
Por esta altura, o Arouca já se tinha adiantado no marcador, por intermédio de David Simão (17'), na sequência de um livre directo, com culpas para Artur Moraes, sobretudo. O remate é feito em arco, sem que ninguém toque na bola, acabando o esférico por entrar no canto mais distante (0-1).
A resposta das "águias" que se pedia surgiu, finalmente, ao minuto 39, com o jovem avançado a marcar no único lance bem construído do princípio ao fim pela formação da casa (1-1).
Na etapa complementar, Jorge Jesus tirou Bruno Cortês, com uma exibição paupérrima, fazendo entrar para o seu lugar Sulejmani.
Aqui, convém referir que é incompreensível a escolha de JJ ao dar a titularidade a um jogador a quem retirou a confiança e que é apontado como saída quase certa na reabertura do mercado de transferências, em Janeiro. Mesmo que tratando-se de um escolha em nome da rotatividade dos jogadores, mas qualquer pessoa sabe que foi apenas uma forma de poupar algum jogador para o jogo da próxima Terça-feira a contar para a Liga dos Campeões com o Paris Saint-Germain. Mais valia Sulejmani ter jogado de início, pois Cortez foi uma completa nulidade. O mesmo é dizer que o Benfica jogou os primeiros 45 minutos com uma unidade a menos, a fazer lembrar as vezes que JJ não abdicou de um outro brasileiro que também jogava na mesma posição (defesa direito), de nome, Anderson. Mas, adiante!
Depois do Arouca "estacionar o autocarro" e usar e abusar do anti-jogo, soube aproveitar. mais uma vez, uma desatenção para se colocar de novo na frente do marcador (1-2). Serginho estava no local certo livre de qualquer marcação, cabeceando para o fundo da baliza após o centro de Pintassilgo (74').
Em desvantagem, e sob uma grande assobiadela do impaciente público, o Benfica tentou o tudo por tudo criando mais oportunidades, mas, muitas vezes, com más opções. Gaitán foi um dos que mais se destacou pelos remates sem nexo e cruzamentos para além da linha de fundo. Completamente desastrado! E ainda há que diga que ele é o nosso Messi... Aliás, depois da entrada de Sulejmani, que assumiu a cobrança dos livres e pontapés-de-canto, a formação da Luz passou a criar perigo efectivo em lances de bola parada. Só que a pontaria destava desafinada, e de que maneira!
Aos 83', o árbitro assinala uma grande penalidade favorável ao Benfica. A repetição não esclarece totalmente, mas existe um toque na perna de Sulejmani quando esta se preparava para rematar, havendo motivo para assinalar a respectiva falta. Pena é que uma mão na bola que ocorreu aos 15', nas barbas do árbitro, tenha passado "despercebida", com Rui Costa a conseguir vislumbrar, em vez disso, uma falta sobre o jogador do Arouca. Sem comentários!
Na marcação do penalty, Lima conseguiu fazer o empate, mas com alguma sorte à mistura, uma vez que rematou para o meio e Cássio ainda tocou no esférico (2-2).
Até ao final, os “encarnados” voltaram à carga e Ivan Cavaleiro, Rodrigo e Luisão voltaram a desperdiçar oportunidades imperdoáveis. Primeiro foi Ivan Cavaleiro (89') que conseguiu acertar no poste (!) a poucos metros da baliza. Seguiu-se Rodrigo no minuto seguinte; e, por fim, Luisão cabeceia para o chão, fazendo a bola saltar e passar por cima da baliza. Inacreditável!
O onze escolhido por JJ foi: Artur Moraes, Maxi Pereira, Garay, Luisão, Bruno Cortez (Sulejmani, 45’), Enzo Perez, Fejsa (Ivan Cavaleiro, 85’), Markovic (Funes Mori, 62’), Gaitán, Rodrigo e Lima.
Apesar da dupla de marcadores dos golos da última jornada ter repetido a façanha, Lima e Rodrigo não conseguiram dar a vantagem que se lhes exigia. O Benfica revela muita intranquilidade e confusão tática. Jorge Jesus que, por motivo de castigo, encontra-se numa posição privilegiada (=bancada) para visualizar o jogo e melhor comandar os seus pupilos, parece não saber aproveitar essa vantagem temporária.
Apesar da dupla de marcadores dos golos da última jornada ter repetido a façanha, Lima e Rodrigo não conseguiram dar a vantagem que se lhes exigia. O Benfica revela muita intranquilidade e confusão tática. Jorge Jesus que, por motivo de castigo, encontra-se numa posição privilegiada (=bancada) para visualizar o jogo e melhor comandar os seus pupilos, parece não saber aproveitar essa vantagem temporária.
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