Médicos especialistas da FIFA informaram que entre 2009 e 2013 contabilizaram, em todo o mundo, a morte de 84 jogadores de futebol enquanto treinavam ou disputavam jogos, devido a problemas cardíacos.
Os dados foram compilados pela comissão médica da FIFA com informações remetidas por 129 das 208 federações associadas ao organismo e é um ponto de partida para criar um registo detalhado que possa servir para prevenir futuras mortes.
A média de idade dos futebolistas era de 24,9 anos e até agora só 19 federações nacionais tinham um registo médico sobre este tipo de mortes, pelo que este número não indica o total de todos os futebolistas afectados, mas somente aqueles casos que foram registados.
O choque é maior pelo simples facto dos atletas serem considerados pela sociedade como um grupo especial de indivíduos, aparentemente invulneráveis e com capacidades físicas extraordinárias. Por esse motivo, qualquer evento cardiovascular em atletas, sobretudo ao mais alto nível, tem um enorme impacto mediático nos meios desportivos, nos profissionais de saúde e no público em geral.
Casos mediáticos
Pavão (1973) |
in maisfutebol.iol.pt |
Marc-Vivien Foé (2003) |
in eclairdafrique.com |
Miklos Fehér (2004) |
in olharpovoacense.blogspot.com |
Bruno Baião (2004) |
in joaopspereira47.blogspot.com |
Serginho (2004) |
in diegodavila.blogger.com.br |
Antonio Puerta (2007)
in marca.com |
Phil O’Donnell (2007)
in veja.abril.com.br |
Daniel Jarque (2009)
in veja.abril.com.br |
Piermario Morosini (2012) |
in publico.pt |
Henry Chinonso Ihelewere (2012)
in terceirotempo.bol.uol.com.br |
Abandonos Forçados
O número crescente de casos mediáticos veio alertar a comunidade desportiva para estar mais atenta ao fenómeno levando a várias campanhas de prevenção, debates e à incorporação de equipamentos de suporte à vida, tais como os desfibrilhadores.
Apesar de continuarem a suceder alguns casos nos recintos desportivos um pouco por todo o mundo, também é maior o alerta clínico em relação a quaisquer fragilidades. E assim tornou-se possível salvar alguns atletas.
O número crescente de casos mediáticos veio alertar a comunidade desportiva para estar mais atenta ao fenómeno levando a várias campanhas de prevenção, debates e à incorporação de equipamentos de suporte à vida, tais como os desfibrilhadores.
Apesar de continuarem a suceder alguns casos nos recintos desportivos um pouco por todo o mundo, também é maior o alerta clínico em relação a quaisquer fragilidades. E assim tornou-se possível salvar alguns atletas.
Ruben de la Red (2008) |
in globoesporte.globo.com |
Fábio Faria (2012) |
in record.xl.pt |
Fabrice Muamba |
in jn.pt |
Possíveis Causas:
A Idade
As causa apontadas para o fenómeno da morte-súbita são variadas e dependem da idade. Assim as vítimas pode ser incluídas em dois grandes grupos:
- Indivíduos com idade inferior a 35 anos
- Indivíduos com idade superior a 35 anos
As causas de morte-súbita em atletas com idade inferior a 35 anos deve-se frequentemente a anomalias cardíacas estruturais. Na maioria das vezes tais anomalias são detectadas só depois de ocorrerem acidentes de ordem cardíaca, o que, infelizmente, costuma ser tarde demais para a recuperação.
Já nos atletas com idade superior a 35 anos a principal causa é a doença arterial coronária aterosclerótica, que corresponde à formação de placas de gordura nas paredes das artérias do coração e pode desencadear o enfarte agudo do miocárdio. Tal situação pode conduzir a arritmias ventriculares fatais.
O Esforço Físico
Durante a actividade competitiva, o stress físico, cardiovascular e emocional estão associados ao aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e das necessidades do consumo do oxigénio pelos músculos e coração podem desempenhar o papel de "gatilho" para um evento arrítmico fatal. No entanto, a maioria das arritmias observadas em atletas e na população em geral é de natureza benigna (bradicardia) e compatível com a prática de exercício.
Assim, maioria dos casos de morte-súbita resulta de arritmias malignas como a taquicardia ventricular e a fibrilhação ventricular.
Existem outras causas como as doenças das válvulas cardíacas, doenças da artéria aorta, miocardites por infecções provocadas por vírus e embolias pulmonares.
Contusões
Uma outra causa para uma paragem cardio-respiratório é uma contusão na parede torácica, embora seja raro.
Pessoalmente tive conhecimento de um caso em que um irmão meu esteve envolvido. Um forte remate seu atingiu o adversário que se sentiu mal, sendo substituído e acabando por falecer pouco depois. Estas situações acontecem devido ao impacto de um objecto (neste caso, uma bola) numa área específica do tórax num momento especialmente vulnerável do ciclo cardíaco.
Temos ainda o exemplo do ex-internacional português João Vieira Pinto que, após um choque com um adversário, sofreu uma paragem cardio-respiratória durante um jogo em Espanha pelo Atlético de Madrid.
Comportamentos de risco
Certos comportamentos de risco como o consumo de drogas, de tabaco, de produtos dopantes, aumentam os riscos de ordem cardíaca perante um esforço intenso.
Equipamentos e dispositivos auxiliares
Uma outra causa para uma paragem cardio-respiratório é uma contusão na parede torácica, embora seja raro.
Pessoalmente tive conhecimento de um caso em que um irmão meu esteve envolvido. Um forte remate seu atingiu o adversário que se sentiu mal, sendo substituído e acabando por falecer pouco depois. Estas situações acontecem devido ao impacto de um objecto (neste caso, uma bola) numa área específica do tórax num momento especialmente vulnerável do ciclo cardíaco.
Temos ainda o exemplo do ex-internacional português João Vieira Pinto que, após um choque com um adversário, sofreu uma paragem cardio-respiratória durante um jogo em Espanha pelo Atlético de Madrid.
Comportamentos de risco
Certos comportamentos de risco como o consumo de drogas, de tabaco, de produtos dopantes, aumentam os riscos de ordem cardíaca perante um esforço intenso.
Equipamentos e dispositivos auxiliares
Em situações de paragem cardíaca o único tratamento eficaz é o suporte básico de vida e o choque de desfibrilhação eléctrica, cuja eficácia decresce em 10% por cada minuto que passa, devendo ser administrado nos primeiros 6 minutos após a paragem.
Prevenção
A primeira forma de prevenção para esta enfermidade é o exercício físico regular, uma vez que a sua prática traz benefícios, nomeadamente na prevenção das doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, cancro, osteoporose, depressão, entre outras.
No entanto, ela deverá ser realizada de acordo com a idade, as capacidades individuais e, sobretudo, as recomendações médicas, as quais podem salvar vidas.
Algumas doenças cardíacas congénitas evoluem silenciosamente durante vários anos., podendo revelar-se apenas depois de grandes esforços físicos, tal como acontece com os atletas. Daí a necessidade de promover avaliações médicas regulares.
Algumas doenças cardíacas congénitas evoluem silenciosamente durante vários anos., podendo revelar-se apenas depois de grandes esforços físicos, tal como acontece com os atletas. Daí a necessidade de promover avaliações médicas regulares.
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