segunda-feira, 25 de agosto de 2014

2.ª jornada da 1.ª Liga: Boavista 0-1 Benfica

in abola.pt
Sete anos depois, o Benfica voltou ao Bessa para disputar um clássico do futebol português diante do Boavista, dirigido por um ex-jogador bem conhecido de ambos os clubes: Petit. Tal como se antevia, a partida foi muito disputada, mas a vitória sorriu às "águias" pelo pé de Eliseu.

Para este encontro, Jorge Jesus optou pelo seguinte "onze": Artur Moraes; Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Eliseu; Ruben Amorim (André Almeida, 31’), Talisca, Salvio, Gaitán (Derley, 90’); Jara (Ola John, 64’) e Lima.

Apesar das especulações à volta do facto do Bessa estar equipado com um relvado sintético, as dificuldades para os "encarnados" foram, de facto, evidentes, não pelo piso, mas sim pela estratégia montada por Petit, bem à sua imagem de marca: muita garra. Com efeito, um Boavista com as suas linhas muito subidas e muito pressionante não permitiu ao Benfica desenvolver o seu futebol à vontade. Excepção aos lances protagonizados por Salvio, Maxi Pereira à direita ou por Gaitán e Eliseu à esquerda.

A primeira oportunidade de golo surgiu para o lado do campeão nacional em título. Aos 24', depois de um pontapé-de-canto, Eliseu "encheu o pé" para uma grande defesa a dois tempos de Monllor. Um minuto depois, Gaitán surge no coração da área a rematar para mais uma grande defesa do guardião "axadrezado", falhando o chapéu na recarga.

O Benfica começava a tomar conta do jogo e, aos 36', o primeiro lance polémico da partida. Franco Jara cai na grande-área. O argentino parece cair em esforço, mas o árbitro Marco Ferreira considerou que Jara simulou o penalty, admoestando-o com o cartão amarelo.

Por esta altura já se notava um critério diferenciado nas decisões do árbitro da partida e seu auxiliares, tanto no capítulo disciplinar como técnico, quase sempre em benefício da formação da casa. Aliás a prova veio logo a seguir com o árbitro a deixar passar impune após uma acção de João Dias com um corte ostensivo com a mão.

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A um minuto do fim da primeira parte, Gaitán aponta um livre, a bola sobra para a entrada da área onde aparece de novo Eliseu que dispara uma bomba que só parou no fundo das redes da baliza de Monllor (0-1). A informação disponibilizada indica que o remate de Elisou atingiu aos 89 km/h.

O Benfica conseguia finalmente desbloquear o marcador perante o "autocarro" estacionado pelo Boavista, premiando quem mais procurou o golo.

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A segunda parte começou com uma novidade. Jorge Jesus não se sentou no banco por ter sido expulso após uma alegada conversa com o árbitro da partida. Julga-se que o lance de Jara possa ter estado na origem do incidente.

O Boavista entrou a todo o gás no segundo tempo e começou a incomodar Artur Moraes que, na primeira parte, foi praticamente um mero espectador. No entanto, o Benfica conseguiu sacudir a pressão num grande remate de Talisca (63'), que o guarda-redes do Boavista voltou a defender a dois tempos. Cinco minutos depois, Gaitán tenta novo chapéu, mas a bola sai por cima da baliza. Aos 71', foi a vez de Salvio a aparecer no centro da grande-área, rematando de primeira para mais uma defesa de Monllor.

Aos 73', Marco Ferreira volta a ser protagonista ao não assinalar uma claríssima falta sobre Maxi Pereira, dando a lei da vantagem quando esta não se verificou. Estiveram mal o árbitro e o auxiliar que fizeram o sinal da aplicação da lei da vantagem, beneficiando claramente o infractor. E com a agravante de não haver lugar à punição disciplinar.

O Boavista acreditava no empate e conseguiu mesmo marcar por duas ocasiões, mas ambos os golos foram anulados por fora-de-jogo bem assinalados. De referir ainda a expulsão de Bobô por acumulação de amarelos, depois de ter jogado com a mão na tentativa de introduzir a bola na baliza do Benfica. Bem o trio de arbitragem nestes lances.

Resultado final, 0-1 para o Benfica, que se mantém no topo da classificação antes do derby lisboeta (Benfica - Sporting) na próxima jornada.

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