Depois dos atentados de 11 de Setembro, Paris viveu uma manhã de terror (7 de Janeiro de 2015 pelas 11h) quando três homens encapuzados e armados entraram na sede do semanário satírico Charlie Hebdo e dispararam enquanto gritavam “Vingámos o profeta! Matámos o Charlie Hebdo!”, pelas caricaturas que satirizam o profeta muçulmano Maomé.
Cinco minutos bastaram para tirar a vida a 12 pessoas e deixar 11 feridos. Entre as vítimas mortais, 8 eram jornalistas, incluindo o director do jornal, Charb, e mais 4 cartoonistas autores dos cartoons polémicos. As restantes vítimas eram polícias envolvidos no tiroteio.
Por se situar numa zona central da capital francesa e junto a outros órgãos de comunicação social, algumas cenas foram captaram pelas câmaras de jornalistas de sedes vizinhas. Numa delas, consegue-se ver uma execução fria, antes da mesma ser censurada.
in tumblr.com
O violento ataque deixa o jornalismo de luto, e sobretudo a liberdade de expressão que marca as sociedades democráticas. A chacina aconteceu precisamente no dia de reuniões do semanário e durante a reunião do corpo editorial do Charlie Hebdo, o que leva a concluir que o ataque tenha sido planeado e possa ter tido outros a envolvidos.
A sede do semanário Charlie Hebdo já tinha sido alvo de ataques. Por exemplo, aquando da publicação primeira polémica, parte da redacção ficou destruída após um incêndio provocado pelo arremesso de um cocktail molotof. Mas apesar das ameaças, o semanário manteve sempre a sua natureza respondendo à violência com a sátira e humor dos seus cartoonistas.
Este ataque terrorista deixou o mundo chocado, de tal forma que surgiram manifestações espontâneas de solidariedade e homenagem pelas vítimas do atentado, especialmente pela comunidade jornalista. Uma frase tornou-se universal: Je Suis Charlie...
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