domingo, 5 de fevereiro de 2012

Nunca digas nunca...


Regra geral, quem lança foguetes antes de tempo, habilita-se a que lhe "saia o tiro pela culatra". "Nunca digas nunca" é a expressão de que certos dirigentes deviam se lembrar no momento em que proferem comentários, embora o conhecimento do seu carácter possa sempre deixar em aberto o facto de uma mentira prevalecer.


Pois é precisamente algo do género que encontrei, uma vez mais - nem sei por que estou admirado -, nas declarações no início da época 2011-2012 de Futebol, da Liga Sagres (1ª divisão), de um dirigente do FCP, no qual afirmava que o plantel estava fechado. Ninguém sairia e não havia necessidade de ir buscar ninguém, pois o plantel estava completo. E assim se esperava, sobretudo com a renegociação de contratos e aumento de cláusulas de rescisão de vários milhões de euros.

Mas eis que o primeiro golpe acontece com a saída do jovem treinador, André Villas Boas, para o clube inglês Chelsea FC, numa proposta irrecusável. Logo aqui, o FCP viu aquelas afirmações perderem sentido. A solução, perante o facto de Domingos Paciência ser anunciado no SCP, ficou pela promoção do adjunto Vítor Pereira a técnico principal. Espantosamente, a decisão tinha sido "a primeira escolha".

Pouco depois, sai Falcão para o Atléctico de Madrid, que cumprindo a milionária cláusula de rescisão de 40 milhões de euros, deu mais uma machadada ao campeão em título.

Adiante, o campeonato começa e a solução para a frente passa por colocar Hulk, "o incrível", na frente de ataque. Quando este não brilha, Kleber e James Rodrigues dão conta do recado. Mas eis que pelo final da 1ª volta, Hulk se lesiona e, de repente, sai Guarin para o Inter de Milão (Itália) e Fucile para o Santos (Brasil), a título de empréstimo.

Ou seja, o plantel que alegadamente ainda estava fechado, veiculando-se e reafirmando-se que o clube tinha soluções e não iria contratar nem vender jogadores na reabertura do mercado, em Janeiro, perde algumas das suas referências e anuncia novos reforços: regresso de "el comandante" Lucho Gonzalez, médio argentino contratado ao Marselha (França), e o avançado Marc Janko, contratado ao Twente (Holanda).

Conclusão, a velha máxima "nunca digas nunca" nem sei por que razão é enunciada por certas pessoas. É tal e qual os políticos que prometem uma coisa e depois fazem outra. Mais vale ficar calado a ter de engolir, mais cedo ou mais tarde.

Sem comentários: