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O FC Porto recebeu, no Estádio do Dragão, o SL Benfica em jogo da 1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal, conseguindo interromper uma série de 27 jogos sem perder, desde o primeiro jogo do campeonato. Jackson Martinez foi o autor do único golo que dá vantagem aos "azuis-e-brancos", deixando tudo em aberto para o jogo da 2.ª mão, a realizar a 16 de Abril, no Estádio da Luz.
À semelhança do que tem vindo a fazer em matéria de gestão do plantel, na véspera de uma jornada muito importante com a deslocação ao SC Braga, Jorge Jesus desenhou um seguinte onze: Artur na baliza; Maxi Pereira, Luisão, Garay, Sílvio no eixo defensivo; Fejsa e Ruben Amorim no meio-campo; Salvio (Markovic, 81’) e Sulejmani (Gaitán, 65’) nas alas; e, na frente, a dupla Rodrigo (Lima, 67’) e Cardozo. A escolha não surpreendeu, em confirmação da verdadeira prioridade que o Benfica atribui esta temporada: a conquista do campeonato nacional.
Esperava-se um jogo táctico e equilibrado, mas o golo madrugador do Porto (7') iria alterar o rumo dos acontecimentos.
O primeiro lance de perigo pertenceu à formação da casa na sequência de uma jogada de Ricardo Quaresma, que, depois de se livrar, com classe, da oposição de Maxi Pereira, centrou, mas Artur Moraes afastou, chocando depois com Sílvio, havendo necessidade de ser assistido (4').
Depois, na sequência de um pontapé de canto, Quaresma cruzou ao segundo poste, onde apareceu Jackson Martínez a antecipar-se a Garay, inaugurando o marcador no Dragão (1-0). Erro de marcação do central argentino, que tão boa forma tem apresentado.
O golo bateu forte no controlo emocional dos jogadores, que entraram em completo desnorte, com constantes passes falhados e más decisões. Ainda assim, o Benfica conseguiu criar perigo (22'), por intermédio de Maxi Pereira, que, depois de combinar com Rodrigo, viu Reyes cortar o seu remate em direcção à baliza de Fabiano.
No minuto seguinte, momento em que o Benfica parecia estar a responder ao golo sofrido, má decisão da equipa de arbitragem ao assinalar uma falta sobre Fabiano, após livre cobrado por Sulejmani. As imagens não mostram nenhuma infracção, a não ser um choque de Magala com o guarda-redes da própria equipa. Assim não entendeu o árbitro Marco Ferreira.
Aos 36', novo lance de golo iminente e para o Porto. Fernando ganha uma bola a Fejsa e centra para Varela, que tenta desviar a bola para a baliza, mas Artur evita o segundo golo do Porto com uma enorme intervenção. Todavia, o lance surge na sequência de uma violenta entrada de Fernando à margem das leis sobre Fejsa, acertando com os pitãos na perna do médio defensivo do Benfica, o que, mais uma vez, passou incólume a Marco Ferreira.
Antes do final da primeira parte, Sílvio arranca pela esquerda e centra para a cabeça de Rodrigo, mas o hispano-brasileiro acerta mal na bola, que passou ao lado da baliza.
O segundo tempo confirmou a estatísticas da primeira parte com a maior posse de bola a pertencer ao Porto, com um Benfica demasiado previsível e errante.
Aos 50', Salvio sofre uma entrada duríssima por Herrera, deixando Salvio estatelado no relvado. Desta vez, Herrera viu, e bem, o cartão amarelo. Chegou a temer-se nova lesão grave do extremo argentino. Mas felizmente recuperou.
O Benfica necessitava de fazer algo para mudar o rumo do jogo e JJ colocou Gaitán e Lima nos lugares de Sulejmani e Rodrigo, mantendo Cardozo em campo, ainda muito longe da melhor forma.
Apesar das alterações, coube a Jackson Martínez a melhor oportunidade para dilatar a vantagem. O colombiano, em habilidade, foge à dupla de centrais das "águias", rematando de seguida à saída de Artur, mas a bola, caprichosamente, bate no poste da baliza, com Luisão a concluir o alívio. Muita sorte para o Benfica.
A resposta chegaria três minutos depois. Rúben Amorim remata na ressaca de um canto marcado por Gaitán e Fabiano brilha com uma grande defesa a evitar o empate.
Era o melhor momento dos "encarnados" e, aos 82', Markovic quase a consegue marcar, na sequência de um cruzamento de Gaitán, desviado com uma palmada de Fabiano. O cruzamento-remate do sérvio, a que Luisão chegou atrasado para a emenda, dá a ideia de ter sido uma tentativa de “chapéu”.
Pelos últimos instantes e oportunidades criadas, o Benfica até poderia ter saído do Dragão com um empate, mas não podemos deixar de admitir que este foi o pior jogo do Benfica esta época, pelo que se aceita perfeitamente o resultado final. A primeira parte da meia-final da taça de Portugal está concluída. A ver vamos se o Benfica consegue dar a volta na segunda parte da eliminatória.
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