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O Sport Lisboa e Benfica voou até à Choupana para defrontar o Nacional da Madeira, no encerramento da 23.ª jornada da Primeira Liga. Numa partida difícil e, apesar de uma adversidade dos instantes iniciais, as águias conseguiram reagir e dar a volta ao marcador. Marcaram Lima, Rodrigo e Garay (2), construindo o melhor resultado da época.
Numa noite fria e muito ventosa, cedo se percebeu que as condições atmosféricas poderiam influenciar a prestação dos jogadores. No entanto, seria o árbitro a deixar mais marcas.
A formação da casa entrou melhor perante um Benfica que parecia acusar o desgaste físico do jogo da última Quinta-feira a contar para a Liga Europa. E não foi de estranhar a maior objectividade por parte do Nacional.
Logo aos 6’, numa jogada de ataque pela esquerda, Candeias centra de trivela e a bola esbarra na coxa de Luisão. Manuel Mota entendeu que o bola terá batido na mão do central do "girafa" e, sem hesitar, apontou para a marca de grande penalidade. Erro grave, quanto a mim, agravada pela dupla penalização ao Benfica que viu o seu capitão ser admoestado com a cartolina amarelo. Na conversão, Candeias fez o golo do Nacional, apesar de Oblak ter adivinhado o lado (1-0).
O lance acabou por fazer o Benfica reagir, com Rodrigo a assumir o papel principal. O primeiro sinal perigo surgiu aos 23' com um remate que deu a sensação de golo. Num lance pela direita, Rodrigo rematou forte e rasteiro com o esférico a passar junto ao poste esquerdo da baliza de Gottardi, tocando nas malhas laterais, levando muitos a gritarem "golo!", traídos pela ilusão de óptica.
O mote estava dado para o que se passaria no minuto seguinte. Numa excelente jogada de entendimento entre Markovic, Rodrigo e Lima, toda ao primeiro toque, culmina com o golo do empate por intermédio de Lima (1-1).
Nove minutos depois, Gaitán desperdiça uma clamorosa oportunidade rematando por cima da baliza. No entanto, no mesmo minuto, surge de novo Rodrigo num dos seus movimentos preferidos. Junto ao vértice direito da grande área, flecte para dentro e dispara uma bomba ao ângulo superior esquerdo da baliza de Gotardi (1-2).
Aos 39’, novo lance polémico com o árbitro a comprometer ainda mais a sua prestação. Num lance fora do campo, Marçal empurra Rodrigo, fazendo o hispano-brasileiro cair de costas sobre os placards de publicidade. Agressão que passa impune à equipa de arbitragem. Marçal deveria ter visto, no mínimo, o cartão amarelo, o que daria direito a expulsão, uma vez que já se encontrava amarelado. Mas não!
Parece que o "movimento Basta" lançado pelo presidente do Sporting resultou em cheio este fim-de-semana. Recorde-se que o Sporting recebeu e venceu o FC Porto com um golo que resulta de um lance de fora-de-jogo. E pegando no encontro dos rivais concorrentes ao primeiro lugar, Fernando recebeu ordem de expulsão por Pedro Proença por um encontrão sobre Montero muito menos ostensivo. Pormenores... Adiante!
O estádio da Madeira, que se encheu de adeptos e simpatizantes do Benfica respirou de alívio antes do final da primeira parte. Aos 43', Enzo Pérez marca um canto ao segundo poste, onde aparece Garay a assina um belo tento de cabeça. Desta vez, o vento ajudou, permitindo um chapéu perfeito que só terminou no fundo das redes, com a bola ainda a bater no poste (1-3).
Apesar das as adversidades, o Benfica dava a volta e adiantava-se confortavelmente no marcador mesmo antes do intervalo.
Na segunda parte, talvez antevendo o esforço físico que será necessário na próxima Quinta-feira quando se realizar a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa frente ao Tottenham, mas sobretudo pela vantagem de dois golos, as "águias" baixaram demasiado o ritmo privilegiando a posse de bola.
Mas como se sabe, demasiada passividade pode incorrer em prejuízo. Bastaria um golo para relançar o jogo e foi precisamente o que aconteceu, por intermédio de Djaniny. O avançado ex-benfiquista aproveitou para reduzir para 2-3 aos 80'. O avançado beneficiou de uma hesitação dos centrais e de Oblak. E como tinha prometido antes do jogo, cumpriu religiosamente o facto de não festejar o golo marcado à antiga equipa.
Os últimos dez minutos foram de grande emoção e incerteza. Aos 87' o Nacional dispõe da melhor ocasião de golo, depois de mais uma vez Oblak preferir não sair dos postes após a marcação de um livre. Marçal cruzou e Gomaa, sozinho falha inacreditavelmente o cabeceamento. Muita sorte para o Benfica.
Dois minutos depois, Garay foi eficaz ao bisar, fechando as contas da fria noite. Sílvio cruza para o coração da área onde surge o central argentino a antecipar-se aos centrais e a cabecear colocadíssimo, não dando quaisquer hipóteses a Gotardi, que ficou pregado ao relvado. Resultado final (2-4).
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