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A equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica recebeu e venceu o último classificado por 2-0, sagrando-se Campeão Nacional a duas jornadas do fim do campeonato. Lima foi o herói, ao apontar os dois golos do Benfica.
Com a melhor casa da época, mesmo sem ter lotação esgotada, o Domingo de Páscoa assumiu o sentido bíblico da ressurreição do campeão. Bastava uma vitória para alcançar o principal objectivo traçado para a presente época e, por isso, Jorge Jesus, ausente do banco por castigo, delineou o melhor onze "encarnado": Oblak; Maxi Pereira, Garay, Luisão e André Almeida; Enzo Perez, André Gomes, Salvio (Markovic, 45’) e Gaitán (Djuric, 75’); Rodrigo (Cardozo, 83’) e Lima.
Frente ao modesto Olhanense, o Benfica entrou a todo o gás, não deixando o adversário respirar durante os primeiros dez minutos da partida.
Logo aos 3', grande jogada de Rodrigo pela direita, a ir à linha de fundo e a cruzar atrasado para o remate fraco de Gaitán travado pelo ex-benfiquista Luís Filipe. Pouco depois (6'), a passe de Garay, Rodrigo falha o remate junto à pequena-área. Aos 9', cruzamento de André Almeida ao segundo poste, com Lima a antecipar-se ao guarda-redes Belec, mas a cabecear por cima da baliza. No minuto seguinte, Lima falha de forma incrível o golo quando tinha a baliza aberta. O avançado brasileiro remata na passada por cima da baliza de Belec, depois de mais uma excelente combinação entre Gaitán e Rodrigo.
Aos 11', o Olhanense quase gelava o Estádio da Luz, depois de uma falha de Garay. Lucas aproveitou a oferta, mas na cara com Oblak rematou a rasar o poste esquerdo. O lance lembrou, com certeza, o fantasma do jogo contra o Estoril da última época.
Passado o susto, o Benfica retomou a carga ofensiva, mas foi denotando muita ansiedade que, conjugada com um Olhanese com o "autocarro estacionado" na sua defensiva, apenas contribuiu para que o nulo teimasse em manter-se.
Aos 33', Maxi Pereira tentou a sua sorte com um remate forte e cruzado, mas errou o alvo.
Mesmo a terminar a primeira parte, nova contrariedade para o Benfica. Sálvio fractura o braço direito numa jogada dividida. Na queda, o seu braço ficou por baixo do adversário. Muito azar para o extremo argentino "à moda antiga". Pela segunda vez esta época, precisamente no seu melhor momento de forma, volta a lesionar-se com gravidade. E que falta fará nos próximos jogos: a primeira-mão da meia-final da Liga Europa frente à Juventus (Quinta-feira); e a meia-final da Taça da Liga frente ao Porto, no Dragão (Domingo).
No reatar da partida, o Benfica voltou a entrar com tudo. Aos 49', Rodrigo vê a Jander tirar-lhe o golo da cabeça, após cruzamento de Gaitán.
Depois, foi de novo o artilheiro das "águias" a causar frissom com um remate de primeira aos 53’, que passou muito perto do poste da baliza à guarda de Belec. seria o aviso para o que se passaria a seguir.
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Três minutos depois (56'), Lima recupera uma bola encostado à linha lateral esquerda e arranca, entrega a Rodrigo que entra na área e cruza atrasado para a entrada da área onde aparece Gaitán a rematar forte; Belec defende para a frente e Lima encosta para a baliza (1-0). E o Estádio da Luz explode de alegria.
O estádio aplaude o Benfica e, ainda a meio dos festejos do primeiro golo, Lima leva a catedral ao delírio! Nova recuperação de bola e o brasileiro arranca pela direita em direcção à baliza. Já dentro da grande-área, dispara e faz o segundo golo do Benfica. Frango de Belec que deixa a bola escapar por baixo do corpo, ainda tenta recuperar, mas vai buscar a bola já dentro da baliza. E o estádio canta: "campeões, campeões, nós somos campeões!"
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Ainda se festejava o tento inaugural na Luz e Lima repetiu a dose… Corrida desenfreada pela ala, frente a frente com Belec… e golo do Benfica! 2-0, explosão de emoção na Luz!
Depois da confortável vantagem, praticamente só deu Benfica. Aos 69' Rodrigo volta a falhar uma grande oportunidade. O hispano-brasileiro estava em dia-não. No mionuto seguinte, o erro mais grave do jogo. O mesmo Rodrigo é derrubado dentro da grande-área, mas Carlos Xistra e o seu auxiliar nada assinalam.
Lima quase fazia o hat-trick aos 72', mas Belec, desta vez, foi mais forte. Dez minutos depois, foi a vez de Rodrigo levar os adeptos a gritarem golo. No entanto o seu remate vai às malhas laterais. Depois, foi a vez de Cardozo tentar a sua sorte ensaiando um chapéu a Belec, procurando explorar o adiantamento do guardião sérvio, mas o remate não lhe saiu bem.
Até final a festa tomou conta das bancadas e terminou no relvado com o apito final. O Sport Lisboa e Benfica conquistou o 33.º título do seu palmarés. Além do facto de se sagrar campeão a um Domingo de Páscoa, o número 33 e o facto de ter um Jesus no comando técnico ganham especial significado junto de todos os fanáticos pelo Benfica.
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O Glorioso concretiza assim o sonho de uma época com dedicatória especial para duas figuras emblemáticas e incontornáveis que partiram no início deste ano: Eusébio da Silva Pereira, o "Pantera Negra", e Mário Esteves de Coluna, o "Monstro Sagrado". Tudo isto na mesma altura em que se assinalou o 10.º aniversário do falecimento de Fehér em pleno relvado.
A homenagem estende-se ainda ao Presidente Luís Filipe Vieira, que perdeu a mãe após a final da Taça de Portugal em que o Benfica venceu o FC Porto por 3-1, e a Jorge Jesus que, apesar dos seus erros e defeitos, conseguiu fazer o Benfica voltar aos grandes palcos e recuperar a mística e o prestígio nacional e internacional. Sem esquecer os jogadores e os incansáveis adeptos.
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