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O SL Benfica deslocou-se ao Estádio do Dragão, este Domingo, para defrontar pela 5.ª vez esta temporada o FC Porto. Desta feita, o propósito foi a meia-final da Taça da Liga uma só mão.
À semelhança do último clássico, as águias cedo ficaram a jogar em inferioridade numérica, após expulsão, com vermelho directo, de Steven Vitória aos 32'.
Nada dizer do lance, sendo que os "azuis-e-brancos" souberem explorar as debilidades deste central que foi o elo mais fraco deste Benfica. Ainda assim, o Benfica soube sofrer e aguentou o empate até ao final, levando a decisão para a marca de grandes penalidades, onde acabaria por mais feliz.
Perante a proximidade da segunda mão da meia-final da Liga Europa, Jorge Jesus voltou a apresentar um onze com várias alterações: Oblak; André Almeida, Jardel, Steven Vitória, Siqueira; Ruben Amorim (Enzo Perez, 78’), André Gomes, Ivan Cavaleiro, Sulejmani; Lima (Garay, 36’) e Cardozo (Markovic, 63’).
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Contrariamente ao que se tem assistido nos últimos anos e mesmo com um onze composto por jogadores menos utilizados, o Benfica entrou no estádio do Dragão com uma grande atitude, pressionante no campo todo.
Os primeiros 10 minutos foram marcados pelo equilíbrio, mas cedo se perceberam as fragilidades do corredor direito com Steven Vitória em evidência pela negativa. Com efeito, as melhores situações de golo surgiriam por esse lado.
O primeiro grande erro do central "encarnado" foi aos 21’, muito bem aproveitado por Herrera que fugiu ao português e centrou para Jackson Martínez, mas o colombiano rematou por cima da baliza. Situação claríssima de golo que Jackson não conseguiu concretizar perante a mancha de Oblak. De referir que nesta jogada Steven Vitória arrisca a expulsão ao tentar parar o jogador do Porto, atingindo-o ainda nas costas com a sola das chuteiras, mas o incidente passou despercebido, aparentemente também pelo próprio Herrera.
Depois, aos 25', após uma grande jogada de Varela, Jackson quase fazia o golo, mas Oblak anulou o lance com categoria.
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Depois, aos 32', acontece o inevitável. Steven Vitória derruba Jackson Martinez à entrada da área e, como o avançado colombiano ficaria isolado, o árbitro Marco Ferreira não teve dúvidas e mostrou o cartão vermelho ao central "encarnado". Decisão correcta. Contudo, apenas três minutos volvidos, Alex Sandro corta uma bola à entrada da área do Porto com a mão, mas Marco Ferreira não foi além de uma reprimenda verbal. Justificava-se o cartão amarelo. Dualidade de critério quanto ao rigor no Dragão.
Tal como no último clássico, mesmo a jogar com dez jogadores, o Benfica conseguiu segurar a igualdade até ao intervalo.
No segundo tempo, o Benfica foi obrigado a jogar à defesa, sem se negar ao contra-ataque. Conseguiu anular as pretensões do FC Porto e empurrar a decisão para a marca de grandes penalidades, fruto do espírito de sacrifício dos jogadores. De referir ainda que, após a entrada de Markovic e Enzo Pérez, as águias dispuseram de oportunidades que poderiam culminar em golo, mas falhou o último passe, muito por culpa do cansaço a que os jogadores foram obrigados desde a expulsão de Steven Vitória. Foram 60 minutos de muita luta e sacrifício.
Chegados à lotaria dos penalties, a sorte sorriu ao Benfica que segue para mais uma final esta temporada. Depois da conquista do campeonato nacional, irá disputar as finais da Taça da Liga e da Taça de Portugal, ambas com o Rio Ave.
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A história das grandes penalidades foi a seguinte: Primeiro marcou Siqueira (0-1); Quintero fez a igualdade (1-1); a seguir Garay falhou e Jakson também (1-1); Jardel fez o 1-2 e Ghilas empatou (2-2); a seguir André Gomes permitiu a defesa de Fabiano e Maicon viu Oblak também defender o penalty; No último penalty da série Enzo Perez marcou (2-3) e Varela voltou a empatar (3-3); chegados à "roleta russa", Ivan Cavaleiro não vacilou e fez o 3-4; Fernando assumiu a responsabilidade, mas acertou em cheio no posto direito de Oblak.
Resultado final, 4-3 para o Benfica que festejou em pleno Dragão o acesso a mais uma final da Taça da Liga, que se realiza a 7 de Maio.
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Recorde-se que em sete edições o Benfica conquistou quatro troféus seguidos, tendo no ano passado sido eliminado nas meias finais pelo SC Braga, também nas grandes penalidades.
Quanto ao FC Porto, acaba por assinar a pior época da era Pinto da Costa, não vencendo qualquer troféu. A única coisa que ganhou foi a Supertaça, mas esta refere-se à época transacta (2012-2013). Não deixa de ser "vergonhoso" e de certa forma "humilhante" voltar a perder a oportunidade que tinha para conquistar algo, depois de perdido o campeonato. Primeiro foi a eliminação da Taça de Portugal frente a um Benfica desfalcado. E, agora, a história repete-se, frente a um Benfica sem todos os titulares e novamente a jogar com menos uma unidade.
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