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O Brasil disse adeus ao tão desejado hexa-campeonato depois ser esmagado pela selecção da Alemanha na sua própria casa, diante de milhares de adeptos que encheram as bancadas do estádio do Mineirão.
O primeiro golo surgiu aos 11' depois de um erro de marcação crasso, na sequência de um pontapé de canto. O efeito do golo foi tão evidente que, bastaram pouco mais de cinco minutos para que a Alemanha marcasse mais quatro golos (aos 23', 24', 26' e 29').
As expressões de admiração de alguns adeptos e o choro copioso de outros invadiram as bancadas, acabando por resultar gritos de "olé", vaias e insultos. O avançado Fred, uma nulidade no ataque que só Scolari é que não vê, foi um dos principais visados.
Toda a vontade e alegria demonstradas na hora de cantar o hino do Brasil, depressa se converteram em pura desilusão. Apesar das tentativas para contrariar o futebol alemão, os jogadores brasileiros não conseguiram conter as emoções e sucederam-se erros atrás de erros, prontamente aproveitados pelos germânicos, dotados de grande disciplina táctica e frieza na hora da finalização.
E assim caía por terra o desejo de vencer o Mundial depois da derrota, em casa, no Mundial de 1950, há 64 anos.
Ao intervalo, o marcador assinalava um já humilhante 0-5. No reatar, Scolari decidiu finalmente mexer na equipa, lançando Paulinho e Ramires no lugar de Fernandinho e Hulk. E notou-se uma melhoria nos intantes iniciais, mas "foi sol de pouca dura". Neuer travou os remates de Paulinho, Óscar e Ramires.
Na resposta, Joachim Lowe operou uma dupla substituição. Schurrle entrou para o lugar de Klose, que marcou um golo e ultrapassou o record de golos marcados em mundiais que pertencia a Ronaldo, "o fenómeno", ao apontar o 16.º golo, tornando-se, assim, no maior artilheiro de sempre da história dos mundiais.
E sairiam precisamente dos pés de Schurrle mais dois golos para a Alemanha, que bisou tal como Kroos, fixando em 0-7 o marcador. Alem de humilhante, um resultado histórico nunca antes visto numa meia final. Cinco golos sofridos em tão curto espaço de tempo constitui também outro record. A este junta-se a marca conquistada por Klose. Enfim, uma noite de glória germânica a contrastar com uma noite de pesadelo para o Brasil.
A atenuar o mau resultado e a eliminação, Óscar ainda conseguiu marcar o golo de honra, num lance consentido pela Alemanha, que se praticamente se limitou a gerir a vantagem obtida em toda a segunda parte.
Outras goleadas históricas sofridas pela selecção brasileira
- 1917 - Brasil 0-4 Uruguai (Torneio Sul-Americano, Uruguai)
- 1920 - Brasil 0-6 Uruguai (Torneio Sul-Americano, Uruguai)
- 1934 - Brasil 4-8 Jugoslávia (jogo amigável, Jugoslávia)
- 1939 - Brasil 1-5 Argentina (Copa Rocca, Brasil)
- 1940 - Brasil 1-6 Argentina (Copa Rocca, Argentina)
- 1940 - Brasil 1-5 Argentina (Copa Rocca, Argentina)
- 1987- Brasil 0-4 Chile (Copa América, Argentina)
- 1989 - Brasil 0-4 Dinamarca (Torneio da Dinamarca)
- 2014 - Brasil 1-7 Alemanha (Campeonato do Mundo, Brasil)
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