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A Alemanha sagrou-se Campeã do Mundo pela quarta vez, após vencer a selecção da Argentina por 1-0, na final da competição em pleno estádio do Maracanã. Götze assinou o único golo a sete minutos do fim do prolongamento, depois de uma jogada construída por Schürrle, aproveitando a única falha defensiva da selecção alviceleste.
Mesmo sem poder contar com o elemento mais desequilibrador, Di María, pertenceram à Argentina as melhores e mais flagrantes oportunidades de golo: primeiro, aos 20', Higuaín desperdiça de forma escandalosa uma oferta de Kroos que, com um mau atraso, isola o avançado argentino. No entanto, Higuaín no cara-a-cara com Neuer, rematou sem nexo ao lado da baliza.
Dez minutos depois, Higuaín volta a estar em evidência ao fazer a bola entrar num fundo das redes da baliza de Neuer, mas o golo foi invalidade, e bem, por fora-de-jogo. O argentino ainda festejou, mas o próprio Sabella percebeu a irregularidade do lance.
Depois, algumas jogadas de Messi criaram algum perigo, mas pecaram sempre no último passe.
A resposta da Alemanha apenas aconteceu a terminar a primeira parte: primeiro foi Romero quem negou o golo a Schürrle (37') com uma grande intervenção; e, mesmo "ao cair do pano", Höwedes cabeceou ao poste, após a cobrança de um pontapé de canto por Kroos.
Para o segundo tempo, Sabella lançou Aguero no lugar de Lavezzi, modificando o esquema táctico e surpreendendo os germânicos, que levaram algum tempo a acertar as marcações. O efeito traduziu-se em mais uma grande oportunidade (47'), com Messi quase a conseguir marcar num remate cruzado que saiu, no entanto, a rasar o poste da baliza de Neuer.
À medida que se aproximava o final do tempo regulamentar, ambos os técnicos decidiram refrescar as respectivas equipas. O primeiro foi Sabella, que trocou Higuaín por Palacio e, pouco depois, cometeu uma asneira ao lançar Gago no lugar de Enzo Pérez, que não dava sinais de cansaço, mantendo o seu par em campo, este sim, visivelmente em dificuldades físicas. Enfim, mais uma prova do seu conservadorismo, à imagem de Paulo Bento e Scolari.
Como consequência, a Alemanha, que assumiu desde o início as despesas do jogo, perante uma Argentina fechada no seu meio-campo sempre a tentar explorar o contra-ataque, foi crescendo e ameaçando cada vez mais a baliza à guarda de Romero.
Chegados ao prolongamento, a Argentina volta a dispor de uma excelente oportunidade. Rojo descobre Palacio com um passe longo e este beneficia de nova falha germânica, desta vez protagonizada por Hummels, deixando o avançado cara-a-cara com Neuer, mas a tentativa de chapéu perdeu-se pela linha final.
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Já diz o ditado que "quem não marca, arrisca-se a sofrer" e o não aproveitamento do segundo erro flagrante dos alemães parecia antever o que se passaria a seguir. Uma jogada entre os dois suplentes lançados por Joachim Löw terminou num grande golo, digno de uma final. Schürrle arrancou na esquerda, deixando Zabaleta para trás, e centrou para Götze, que aproveitou o adormecimento dos centrais argentinos, dominou a bola com o peito e rematou cruzado de pé esquerdo numa execução de dificuldade acima da média, batendo Romero. O guarda-redes argentino parece um pouco mal-batido, ao fazer-se ao lance com os braços encostados ao corpo.
Nos sete minutos finais, assistiu-se a uma Argentina a jogar ao ataque, tentando o tudo por tudo, mas tinha pela frente Manuel Neuer e toda a experiência e frieza germânicas. A Alemanha conseguiu segurar o vantagem mínima, garantindo o Tetra-Campeonato do Mundo.
A Argentina apenas pode queixar-se si própria, ao desperdiçar de forma imperdoável as duas oportunidades flagrantes de que dispôs por intermédio de Higuaín e Palacio. Ao mesmo tempo, Messi acabou por passar ao lado do Mundial, apesar de ter sido decisivo na fase de grupos.
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Após terminar a partida, Neuer recebeu a Luva de Ouro, prémio para o melhor guarda-redes do Mundial e, para espanto de toda a plateia e comentadores pelo mundo fora, a atribuição da Bola de Ouro a Leonel Messi, considerado, inexplicavelmente, o melhor jogador da competição. Ficou a clara ideia de se tratar de um prémio de consolação para o melhor jogador do mundo - não o eleito melhor jogador do mundo, pois esse é português e chama-se Cristiano Ronaldo!
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