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No passado Domingo (02-06-2013), a equipa de Hóquei em Patins do Sport Lisboa e Benfica defrontou o FC Porto, no Dragão Caixa, na Final da Liga Europeia, tendo vencido por 6-5, após prolongamento, conquistando pela primeira vez na sua história a mais importante competição europeia de clubes da modalidade.
O jogo foi muito equilibrado, com o FC Porto quase sempre na frente do marcador. Só na segunda parte é que o Benfica conseguiu adiantar-se por intermédio de Luís Viana (4-5), mas permitiu o empate num livre directo por Reinaldo Ventura (5-5), levando o jogo para prolongamento, onde João Rodrigues marcou o golo da vitória.
Ameaça de Boicote
Na sequência dos incidentes ocorridos antes do início da meia-final entre o Benfica e o Barcelona (Sábado, 01-06-2013), em que os adeptos "encarnados" viram ameaçada a sua integridade física, perante a passividade da Polícia de Segurança Pública, os dirigentes do clube da Luz anunciaram o boicote à Final da Liga Europeia, no Dragão Caixa, frente ao FC Porto.
Na nota intitulada "A vitória da intimidação e da total falta de ética", foi feita a denúncia das "condições de segurança ao nível de uma competição amadora, a permitirem a ameaça a adeptos, sinal de desrespeito por todos os clubes presentes na «final-four»". O clube encarnado queixa-se de ter feito contactos para garantir a segurança "que a PSP não garantiu", com a agravante da resposta do CERH onde terá admitido não poder "garantir a cedência de ingressos para a final" e que "nada pode fazer" apesar de considerar as pretensões legítimas. (ou seja, queriam fazer como no ano em que o Benfica foi campeão com a equipa de Basquetebol, num Dragão Caixa sem adeptos do Benfica). Pode-se ler ainda: "Da PSP ficou, uma vez mais, provado que há duas instituições diferentes. Uma a Norte, apenas preocupada com os interesses de um clube, e outra PSP a Sul, essa sim, orientada apenas para a salvaguarda da ordem pública (...) já que o CERH parece manietado e disposto a permitir que um dos competidores infrinja as regras mais básicas do desportivismo (...). O Benfica não se vai apresentar em campo (...). Será, para o clube vencedor, a vitória da intimidação, da violência."
Apesar desta ameaça e garantidas as exigências de segurança e desportivas (foram cedidos 150 ingressos para adeptos benfiquistas), a final acabou por se realizar e decidir num jogo muito emotivo, cheio de equilíbrio e sem incidentes dentro e fora do ringue.
Clássico em Final Inédita
Em campo estavam as duas melhores equipas do campeonato nacional e, por sinal, as duas melhores equipas da Europa. Assim, esperava-se um encontro muito disputado, quer pela rivalidade entre as duas equipas, quer pelo desejo de conquista do título de campeão europeu por parte do Benfica, ou da reconquista da glória que foge ao FC Porto desde a época de 1989-90.
E, de facto, a partida começou "taco a taco", com Jorge Silva (2') a inaugurar o marcador aos 2' para a formação da casa (1-0). Aos 7', a equipa de arbitragem entendeu que Tuco cometeu falta dentro da área e assinalou grande penalidade. Reinaldo Ventura aproveitou para aumentar a vantagem (2-0).
Com um Benfica a assumir as "despesas do jogo", a dupla espanhola de arbitragem inventou novo penalty, inexistente, por suposta falta de Valter Neves.
Desta feita, Pedro Henriques conseguiu negar o terceiro golo aos "azuis-e-brancos".
No recomeço de jogo, a equipa de arbitragem mostrou a cartão azul a Jorge Silva, permitindo ao Benfica beneficiar de um livre directo. Cacau aproveitou da melhor forma e bateu Edo Bosch, reduzindo para 2-1.
O FC Porto respondeu com novo golo (3-1), novamente por Reinaldo Ventura (10’).
Um minuto depois (11'), através de uma grande penalidade, Luís Viana reduziu para 3-2.
Os "encarnados" cresceram e incomodaram cada vez mais Edo Basch, que acabou por ser batido, aos 20', numa “stickada” de longe de Diogo Rafael (3-3).
Dois minutos depois, o jovem Hélder Nunes voltou a colocar o FC Porto na frente (4-3), resultado que permaneceu até ao intervalo.
Na etapa complementar, aos 30’, num rápido contra-ataque, Marc Coy respondeu da melhor forma a uma magnífica assistência de Diogo Rafael, empatando novamente a partida (4-4).
Cinco minutos depois nova grande penalidade assinalada a favor do FC Porto. Pedro Henriques foi de novo gigante, ao defender o remata de Ricardo Barreiros.
Pouco depois, repetiu o feito, negando o golo a Hélder Nunes, após a marcação de um livre directo.
A dez minutos do fim do tempo regulamentar, o Benfica conseguiu passar pela primeira vez para a frente do marcador, de novo por Luís Viana, ao bater o guardião "azul-e-branco" na marcação de uma grande penalidade (4-5).
Mas aos 45', o suspeito do costume, Reinaldo Ventura, conseguiu finalmente desfeitear Pedro Henriques, empatando a partida a cinco bolas.
O resultado não mais se alterou, havendo necessidade de jogar o prolongamento.
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Golo de Ouro de João Rodrigues
Sabendo que o "golo de ouro" não deixa margem de recuperação, ambas equipas entraram ao ataque, decididas a fazer o golo que decidiria o vencedor da prova.
Ainda na primeira parte do prolongamento, João Rodrigues tornou-se no herói dos encarnados, ao desviar a bola de Edo Bosch após uma forte "stickada" de Diogo
Rafael, oferecendo ao Benfica o primeiro título europeu da sua história.
Os "encarnados" haviam conquistado apenas 2 Taça CERS (1990/91; 2010/11) e 1 Taça Continental (2011/12).
Palmarés
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