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Depois da final da Taça de Portugal, Vitória de Guimarães e Benfica voltaram a encontrar-se, desta feita, para o campeonato e com a sorte a ficar do lado das "águias". Cardozo, que foi o protagonista pelas piores razões no último encontro, redimiu-se ao rematar para o único golo da partida.
Tendo como pano de fundo uma grande nuvem de fumo proveniente de um incêndio nas imediações do estádio D. Afonso Henriques, o qual chegou a ameaçar o desenrolar do jogo, assistiu-se a uma entrada muito dura entre os jogadores de ambas as equipas, culminando com inevitáveis admoestações com o cartão amarelo. Tal viria a revelar-se decisivo no desfecho final, nomeadamente com a expulsão de David Addy, facilitando a tarefa aos "encarnados".
Na primeira parte, quase não existiram oportunidades de golo, com excepção para três lances. O primeiro pertenceu ao Guimarães, com André Santos (19'), dentro da pequena área, a cabecear por cima da baliza de Artur. Aos 27', André Santos obrigou Artur a esmerar-se para evitar o golo vimaranense. E por fim, com Siqueira (34') a finalizar a melhor jogada do Benfica do primeiro tempo com um remate forte a que Douglas correspondeu com uma excelente defesa.
De referir ainda um lance duvidoso à passagem do minuto 26, em que Luisão cabeceia e a bola bate na mão de Abdoulaye. Uma clara situação de "mão na bola", não havendo motivo para grande penalidade. Fica a dúvida sobre a intenção. No minuto seguinte, remate traiçoeiro de André Santos obrigou Artur a grande intervenção.
A etapa complementar começou praticamente com uma oportunidade de Óscar Cardozo, isolado, que acertou mal na bola, levando o esférico a perder-se pela linha de fundo.
O Benfica procurava chegar à vitória e Jorge Jesus começou a mexer na equipa, tirando primeiro Djuricic e colocando Lima (65'). Três minutos depois surge o terceiro caso(*) do jogo. Lima é rasteirado de forma evidente dentro da grande área, mas nem o árbitro Bruno Esteves, nem o fiscal de linha, de frente para o lance, viram a grande penalidade.
(*) O segundo caso acontece com o lance que dá a expulsão ao jogador do Guimarães, após Enzo Pérez, experientemente, se deixar cair em jogada de contra-ataque. Outro caso acontecia pouco antes, quando Siqueira, já amarelado, também podia ter visto o segundo cartão amarelo e consequente ordem de expulsão. Mas é assim a dualidade de critérios deste árbitro.
A jogar com superioridade numérica, as "águias" carregaram ainda mais sobre o Guimarães, que se ia batendo muito bem dificultando ao máximo as ofensivas do Benfica e proporcionando, ao mesmo tempo, um grande jogo de futebol.
Aos 72', Enzo Perez marca um pontapé de canto para o coração da grande área, onde apareceu Cardozo de rompante a disparar para o golo. Apesar do golo lhe ser atribuído, a bola entra fruto de uma atrapalhação entre o defesa Marco Matias e o guardião Douglas. Foi um lance infeliz, mas que permitiu ao Benfica somar mais três pontos num campo sempre difícil.
Nos instantes finais, fruto de uma falta sem necessidade nenhuma de André Almeida, um livre directo e os lances subsequentes fizeram o Benfica terminar a partida num autêntico sufoco para evitar o golo do empate.
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