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19 de Outubro de 1944
11 de Setembro 1987
Winston Hubert McIntosh, mundialmente conhecido por Peter Tosh, nasceu em Westmoreland, Jamaica, a 19 de Outubro de 1944 e faleceu a 11 de Setembro de 1987, assassinado na sua residência.
Cresceu em Kingston, Jamaica, na favela de Trenchtown. Bem cedo começou a cantar e a tocar guitarra e órgão, inspirado pelas estações de rádio americanas. No início dos anos 1960 conheceu Robert Nesta Marley (mais conhecido por Bob Marley) e Neville Livingston (que mudaria o seu nome para Bunny Wailer). O trio formou o grupo Wailing Wailers. Entretanto, Bob Marley emigrou para os Estados Unidos para trabalhar e, após o seu regresso em 1966, os três converteram-se à religião Rastafari, mudando o nome da banda para The Wailers.
No início dos anos 1970, conseguem um contrato com a Island Records, de Chris Blackwell, lançando os álbuns Catch a Fire (1972) e Burnin' (1973). No mesmo ano, Tosh tem um grave acidente de automóvel em que o seu carro cai de uma ponte, matando a sua namorada e deixando-o com uma fractura no crânio.
Em conflito com Chris Blackwell, Bunny é o primeiro a deixar a banda, sendo substituído por Joe Higgs na percussão. Em 1974, segue-se Peter Tosh, no seguimento da recusa do presidente da Island Records em lançar um disco seu a solo. Ambos alegam o tratamento injusto que recebiam de Blackwell, que recentemente num documentário reconhece ter sido, em parte, responsável pela separação dos trio.
Depois de muita luta, Tosh consegue finalmente lançar o primeiro disco a solo em 1976, pela mão da CBS. O álbum intitula-se Legalize It. A música que deu o título, apesar de muito depressa ter sido banida das estações de rádio, tornou-se num hino a favor da liberalização da marijuana, conhecida na Jamaica, entre outras designações, por ganja. Como resultado, tornou-se no single mais vendido na Jamaica.
Sem abandonar a característica militante e revolucionária, Tosh lança Equal Rights (1977). Seguem-se Bush Doctor (1978) e Mystic Man (1979). Em 1981 lança Wanted Dread And Alive, mas apesar de todos estes álbuns, não consegue obter um reconhecimento como acontecia com Bob Marley no mesmo período. Só depois do lançamento de Mama Africa (1983) é que Peter Tosh conseguiria ser aclamado pelo público, muito por culpa da cover de um clássico de rock de Chuck Berry: Johnny B. Goode. Da tournée resulta o lançamento de Captured Live (1984). Após terminar a tournée, Tosh entra num auto-imposto exílio, devido a uma úlcera e a questões contratuais relativas à distribuição dos seus discos. Regressa em 1987 com o álbum No Nuclear War, arrecadando um Grammy por Melhor Performance de Reggae.
A 11 de Setembro, é assassinado em sua casa por um gang de três homens que entraram em alegadamente para exigir dinheiro. O líder era Dennis Leppo Lobban, amigo de Peter Tosh.
in wikipedia.org
O relato dos incidentes daquela fatídica noite baseia-se no depoimento dos sobreviventes.
"Peter Tosh e sua esposa, Marlene Brown, estavam em sua casa com Wilton Doc Brown, a que se juntou Michael Robinson pouco depois. Cerca das 19:00, chega Carlton Santa Davis (baterista da banda). Cerca das 19:30, enquanto aguardavam a chegada de Free-I e sua mulher Joy, alguém bate ao portão. Marlene pediu a Michael para atender e este encontra Dennis Lobban. Como o conhecia como amigo de Peter, mandou-o entrar. Entretanto, avistou um segundo homem atrás de Lobban, dando ordem para que também entrasse. Logo a seguir surge um terceiro homem. Uma vez dentro de casa, este último sacou uma pistola e apontou à cabeça de Michael. Subiram as escadas até à sala onde estavam Peter, a mulher e os seus amigos, anunciando tratar-se de um assalto e exigindo que Peter lhes desse o dinheiro que alegadamente teria em casa. Passados cerca de 20 minutos, batem de novo ao portão. Era o casal Jeff e Joy Dixon. Então o terceiro suspeito terá ido ao portão atendê-los, convencendo-os a entrar. Já dentro de casa, seguiu-se uma primeira abordagem violenta. Depois de os encaminhar para a sala com a arma apontada, o casal foi mandado deitar-se no chão junto dos restantes.
Passado algum tempo, a farsa terminou quando um dos suspeitos afirmou para Leppo prosseguir com o que tinham ido lá fazer. E começou o tiroteio ou, se preferirem, a carnificina. O primeiro tiro acertou em Marlene. A bala passou através de seus cabelos, arranhando parte do couro cabeludo, e entrou pela boca de Joy, saindo pelo outro lado. Feridas com a mesma bala, Marlene e Joy fingiram estar mortas. De seguida, Leppo dispara dois tiros na testa de Peter Tosh. Depois começam todos a disparar. Michael Robinson foi atingído na coxa. Fingido estar morto, conseguiu ver Leppo disparar à queima-roupa na cabeça de Wilton Doc Brown que morreu instantaneamente. Depois viu outro dos suspeitos a apontar a arma à orelha de Free-I, disparando dois tiros. Leppo voltou a disparar sobre Michael, mas a bala acertou de raspão na cabeça. Michael ainda foi atingido mais uma vez nas costas.
Os assaltantes fugiram e no exterior eram aguardados por um quarto cúmplice numa carrinha VW. No total, foram ouvidos 24 tiros. Os feridos foram socorridos por um vizinho. Peter Tosh morreu à chegada ao hospital. Free-I permaneceu em coma, acabando por não resistir aos ferimentos e falecer a 14 de Setembro de 1987.
Leppo entregou-se às autoridades e foi julgado e condenado na mais curta deliberação da história da Jamaica: 11 minutos. Foi condenado à morte. Porém, a sentença foi alterada para prisão perpétua em 1995. Correm rumores de que os outros dois suspeitos eram polícias à paisana e que terão sido assassinados. E toda a história do assassinato parece estar envolta em mistério e possível conspiração."
in reggaespotlights.blogspot.pt
Discografia (em vida):
Legalize It
(1976)
Equal Rights
(1977)
Bush Doctor
(1978)
Mystic Man
(1979)
Wanted Dread And Alive
(1981)
Mama Africa
(1983)
Captured Live
(1984)
No Nuclear War
(1987)
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