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Há uma coisa que começa a tornar-se regra: quando um dirigente dá o seu voto de confiança a um treinador perdedor, quase sempre o mesmo acaba por se demitir ou ser demitido pouco tempo depois. Algo que chega a ser ridículo, pois foi o que sucedeu no discurso de Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Antes da paupérrima campanha da selecção nacional no Mundial do Brasil, mais concretamente em Abril, a FPF prolongou o vínculo com o treinador Paulo Bento (PB) até 2016. Também ninguém contava com tamanha falta de qualidade, apesar dos sinais evidenciados durante a fase de apuramento, que já promoviam alguma contestação em relação à eventual continuidade de PB no comando técnico da selecção.
Mas depois do fracasso total e que iniciou na humilhante derrota por 4-0 infligida pela Alemanha no jogo inaugural do grupo de Portugal, apertou-se o cerco a PB e as críticas subiram de tom. Mesmo assim, Fernando Gomes deu o seu voto de confiança, em declarações após o último jogo de Portugal no Mundial do Brasil: "Apesar de termos perdido, não vamos dizer que está tudo mal. (...) Quando assinámos o compromisso, tivemos a consciência de que o estávamos a fazer de peito e confiança plena. Naturalmente, Paulo Bento vai ser o seleccionador até 2016".
Só que lá diz o ditado: "Nunca digas nunca!" Pois é, o reinado de Paulo Bento acabou por cair depois da derrota diante da selecção da Albânia, uma equipa modesta que conseguiu impingir uma derrota histórica e traumática na casa de Portugal.
Depois disto, já não podia haver crédito para um treinador inflexível e casmurro nas suas decisões, táctica e postura enquanto seleccionador. E assim a FPF comunicou o fim do vínculo contratual com Paulo Bento a 11 de Setembro de 2014.
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