segunda-feira, 9 de abril de 2012

Imagem do dia (09-04-2012): Artur Soares Dias, o protagonista


Em dia de mais clássico derby entre Sporting e Benfica, em mais um "jogo do título", encarada com uma final para os encarnados, os leões foram mais felizes, mais eficazes, melhores na estratégia e beneficiaram do critério favorecedor do árbitro Artur Soares Dias, o protagonista pelas piores razões.


Logo no primeiro minuto, Nico Gaitán é derrubado dentro da grande área por Polga e, não só não assinalada qualquer falta como é marcado um pontapé de canto, quando foi o jogador do Benfica que toca na bola ganhando posição sobre o defesa.

Na resposta, num rápido contra-ataque do Sporting em que Wolfwinkel ganha em velocidade a Luisão e, quando rodopia, o defesa toca no pescoço do avançado leonino e o árbitro é peremptório em assinalar penalti.

As verdades são para ser ditas. Do mesmo modo, já depois do penalti muito forçadamente assinalado contra o Benfica por suposta falta de Luisão sobre Wolfswinkel, de que resultou o primeiro e único golo do jogo, Garay também parece cometer uma grande penalidade com um ligeiro empurrão pelas costas ao avançado sportinguista. Mas imagens desmentem. Há um empurrão fora da área, mas existe e tal daria direito à expulsão do defesa encarnado. O fiscal de linha não viu nada (ou não quis ver).

São estas dualidades de critério que não se percebe.

Vejamos outro exemplo: Luisão é agarrado ostensivamente na grande área do Sporting, impedindo uma correcta abordagem ao lance, o qual é observado de frente pelo árbitro, como as imagens televisivas o comprovam, mas mesmo assim nada foi assinalado.

Isto sem falar de outros lances ao longo da partida, inclusive no capítulo disciplinar e como uma entrada duríssima de Polga sobre Gaitán, havendo outro lance semelhante protagonizado por João Pereira em que nem sequer foi assinalada falta. De referir que este jogador antes já tinha feito uma falta dura, tendo pisado o rabo do adversário, só sendo admoestado com o cartão amarelo num lance dividido com Nelson Oliveira em que houve uma clara tentativa de agressão que, segundo as leis, dá expulsão.

Há ainda um outro lance em que Yannick Djaló é abalroado já dentro da grande área e nada é assinalado. Em bom rigor, mais um penalti por assinalar...

Por seu turno, Luisão foi expulso por acumulação de amarelos, tendo visto o primeiro cartão amarelo no penalti forçado em que tocou no pescoço de Wolfswinkel e numa falta normalíssima já na segunda parte.

Enfim, houve uma sucessão de erros que, convenhamos, já dura há algum tempo, nomeadamente desde que o Benfica se viu destacado na liderança com cinco pontos de vantagem para o FC Porto, levando-nos a concluir que há factores externos que impedem o Benfica de conseguir mais esta época. O que não desculpa o baixo nível exibicional do Benfica.

Fora isso, um Benfica sem frescura física, aliás, como vem sendo hábito no jogo seguinte a uma competição europeia, um esquema em que Jorge Jesus insiste em colocar Emerson, com o defesa direito a demonstrar que é um jogador a menos na estrutura da equipa, bem como determinadas opções como a não colocação de Nolito, por exemplo, que possui uma grande capacidade de desequilíbrios no um-para-um, tudo isso aliado ao mérito da táctica bem montada por Sá Pinto que jogou em bloco e soube controlar os pontos fortes do Benfica e suas individualidades, tudo isso contribuíram para o desfecho do resultado, o qual não foi mais dilatado graças a uma mão cheia de boas defesas de Artur, sem dúvida o melhor jogador do Benfica.

Reafirmo, sem tirar o mérito ao Sporting, tenho de dizer que o Benfica foi, uma vez mais, muito prejudicado.

Para finalizar, fica a imagem dos festejos dos jogadores do Sporting no final do jogo, como se tivessem vencido o campeonato ou a taça "xpto". Isto demonstra o tipo de mentalidade que define o Sporting Clube de Portugal, actualmente.

As contas finais deixam o Benfica a quatro pontos do líder, quando ainda estão em jogo doze pontos até ao final do campeonato.

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