Um novo golpe de Estado militar foi realizado na Sexta-feira, dia 13 de Abril de 2012, na Guiné-Bissau. Foi criado um "comando militar" que confirmou que foram depostos o presidente interino Raimundo Pereira, o primeiro-ministro Carlos Gomes Junior e o chefe do Estado-Maior, general Antonio Indjai.
As três palavras do escudo desta ex-colónia portuguesa, "unidade", "luta" e "progresso", que, por sinal, estavam a ser devolvidas com o último governo democrático, são, assim, novamente substituídas pela "força da ponta de uma kalashnikov".
O "comando militar" justificou a acção num comunicado, alegando a "existência de um acordo militar secreto, assinado pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Junior e pelo presidente interino do governo de Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, com Angola", no sentido de "legitimar a presença de tropas estrangeiras, concretamente a missão militar angolana (Missang) na Guiné-Bissau, com o objetivo de proteger o governo em caso de crise".
O "comando militar", que assegura não ter "nenhuma ambição de poder", [duvido!] propõe "um governo de união nacional".
Os Estados Unidos pediram o regresso de um poder civil e quer a União Africana quer a Comunidade Económica de Estados da África do Oeste (CEDEAO) condenaram o golpe de Estado. de igual modo, Portugal, condenou "com veemência" o golpe, defendendo a presença da missão angolana como "factor de segurança, não de instabilidade". A presidência angolana da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ameaça levar o caso ao Tribunal Penal Internacional. Também os países membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram este golpe de Estado.
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