[Nota prévia: o presente artigo contém imagens susceptíveis de ferir a sensibilidade dos leitores]
O "fenómeno dos genitais carecas" (*) cada vez mais caminha para deixar de ser um tabu nos dias que correm. Ainda assim, o assunto é pouco aceite e quem o pratica costuma reservas o seu conhecimento a si próprio.
Contextualização
Em primeiro lugar, quando nascemos, vimos ao mundo desprovidos de pelos (isto é, quase, pois tirando os cabelos, uma fina e quase invisível pelagem loira cobre a quase totalidade do nosso corpo).
Com a puberdade, uma das mudanças operadas no nosso corpo é o crescimento de pelos ao longo do corpo.
Muitos iniciam a depilação nesta fase. As áreas depiladas mais comuns são as axilas, pernas, os genitais, sobrancelhas e buço nas mulheres. Quanto aos homens, cara, abdómen, costas, virilhas e pernas.
O método mais comum utilizado na depilação das axilas, pernas e área pubiana é efectuada com o recurso a lâminas de barbear.
Origem
A depilação íntima teve a a sua origem nas civilizações antigas do Egipto e da Grécia, quando as prostitutas literalmente barbeavam as suas partes íntimas por razões de higiene e como um sinal da sua profissão.
De uma forma geral a depilação do corpo feminina foi estabelecida culturalmente entre 1915 e 1945. Mas as áreas normais eram as axilas e as pernas, realçando a sua feminidade Por seu turno, a masculinidade era realçada pela presença de pêlos no peito, axilas e pernas.
Tendências
Relativamente à remoção, parcial ou integral, de pêlos púbicos, esta só começou a ganhar posição a partir dos anos 1980, nomeadamente a partir do crescimento da indústria da pornográfica, onde era comum as mulheres depilarem a zona púbica. Com a aceitação desta indústria, mais mulheres começaram a ter acesso ao fenómeno e a depilação íntima ganhou mais adeptos,tanto no feminino, como no masculino.
Paralelamente, do ponto de vista das tendências da moda, assistiu-se à criação e propagação de modelos de biquíni cada vez mais diminutos e reveladores da zona pubiana, aumentando a pressão para a remoção dos inestéticos pêlos púbicos visíveis.
Desde os anos 1990 até hoje, continuamos a assistir a "uma série de alterações a nível estético" (*) que contribuem para uma generalização do fenómeno. Vemos cadeias de clínicas de estética abrirem, nomeadamente de depilação, surgiram cremes depilatórios específicos para mulheres e para homens. Quanto aos métodos, utilizados, as lâminas de barbear vão sendo substituídas progressivamente por cera, depiladoras eléctricas e pela depilação definitiva a laser.
A chamada depilação à brasileira, brasilian wax, em que se remove na íntegra os pelos púbicos ganha cada vez mais adeptos, principalmente entre as mulheres, que garantem ser mais higiénico e estético.
Um discurso semelhante encontramos nas razões enumeradas pelos homens que praticam a depilação genital (inclui os glúteos, perínio e ânus).
No entanto, a sua prática por homens desportistas, sobretudo nas pernas e braços, também é justificada pela performance que garante em termos de menor atrito em modalidades desportivas como a natação, o futebol, o atletismo e o ciclismo. Por outro lado realçam os músculos.
Saúde
Estudo recentes concluem que a depilação genital aumentam a probabilidade de contracção de doenças e infecções sexualmente transmissíveis. As opiniões dividem-se e não há certezas quanto este facto.
A tendência mantém-se e a depilação genital veio para ficar.
Depilar a região genital pode estar a tornar-se numa norma social, mas tal não significa que todos o devam fazer. Vivemos numa democracia e, como tal, a depilação é, acima de tudo, uma escolha pessoal.
Curiosidade: Métodos de depilação
- Cera quente
- Cera fria
- Lâmina de barbear
- Pinça
- Creme depilatório
- Laser (definitivo)
- Depiladora eléctrica
- Descolorantes (alternativa à depilação, geralmente utilizada pelas mulheres para disfarçar os pêlos dos braços).
[Todas as fotos recolhidas a partir do motor de pesquisa google.com]
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