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À segunda jornada do Grupo G, Portugal e Estadis Unidos mediram forças numa partida que terminou com um empate a duas bolas. Desta vez, a selecção portuguesa esforçou-se mais, mas, fisicamente, continua "de rastos".
Seguiu-se a avalanche norte americana em busca do empate. Aos 10', Bedoya faz o primeiro aviso, mas Bruno estava no caminho da bola, cendendo canto. Aos 13', na marcação de um livre, Clint Dempsey leva a bola a rasar a barra da baliza de Beto, mas o português tinha o lance controlado.
Depois veio mais uma contrariedade que só revela uma má escolha de Paulo Bento. Postiga lesiona-se sozinho na coxa e o técnico português é obrigado a queimar uma substituição. Para o seu lugar foi chamado Éder.
Entretanto, talvez no único erro grave do jogo, Beckerman tem uma entrada dura por trás de sobre Raul Meireles, que o árbitro deixa seguir. Na sequência do lance, Meireles queixa-se da cara e, na repetição, é possível ver a agressão de Beckerman com uma cotovelada no rosto do médio português. Duplamente mal o árbitro, pois a entrada seria no mínimo merecedora de cartão amarelo e agressão de vermelho directo.
Os EUA retomam o ataque e 17' Remate perigoso de Clint Dempsey volta a rematar com perigo (17') para defesa segura de Beto. No minuto seguinte, é a vez de Graham Zusi tentar a sorte, mas Bruno Alves consegue o corte. Na recarga Dempsey volta a rematar por cima.
Neste período nova lesão para Portugal. Desta vez foi André Almeida. Leva-nos a perguntar: "Mas o que é que se passa com os jogadores de Portugal?"
Pouco depois, nova vaga norte americana: primeiro, Bradley remata por cima (24'). E depois ao lado (29'). Aos 32', Johnson também remata ao lado. E aos 35', Beto segura o remate de Jermaine Jones.
Depois do sufoco dos americanos, surge finalmente um remate para Portugal, por intermédio de Cristiano Ronaldo (36'), mas sem perigo.
Logo a seguir o árbitro faz uma paragem técnica (uma estreia neste Mundial) para hidratação dos jogadores.
A paragem e hidratação fizeram bem aos jogadores portugueses, que assim conseguiram terminar a primeira parte em cima dos EUA. Aos 45', Nani remata ao poste, na recarga Éder remata de primeira numa execução difícil, para a defesa da noite de Tim Howard.
Ao intervalo, William Carvalho rendeu André Almeida, que, mesmo com limitações físicas, aguentou o esforço até ao final da primeira parte. O jovem médio do Sporting esteve muito bem, falhando apenas um passe.
Pedia-se o segundo golo de Portugal, mas os norte-americanos denotavam outra frescura física e cedo voltaram à carga em busca do golo do empate. O primeiro aviso chegaria aos 55'. Rápida jogada de contra-ataque, explorando a lentidão de Miguel Veloso a defesa esquerdo, com Bradley a rematar para a baliza de
Portugal após saída de Beto, com Ricardo Costa a evitar o golo em cima da linha.
O inevitável acabou por acontecer aos 64'. Jermaine Jones empatou a partida após um fortíssimo remate de fora da área que deixou Beto pregado no chão. Estava reposta a igualdade (1-1), inteiramente merecida, diga-se.
Na resposta, Meireles (66') remate com perigo para uma boa defesa de Howard.
O empate servia pouco às aspirações lusas e Paulo Bento esgotou as substituições, colocando Varela no lugar de Raul Meireles. No tudo por tudo, Nani forma uma grande penlidade e parece sofrer obstrução, mas o árbitro nada assinala. Era o desespero a invadir a mente dos portugueses. Ainda assim, Nani até foi dos que esteve melhor, tentando bisar na partida com um bom remate aos 80', mas a bola saiu ao lado.
No contra-golpe, Dempsey (81') faz com a barriga o segundo golo para os EUA (1-2), resultado que deicxava Portugal eliminado.
Ironia do destino, Cristiano Ronaldo, que passou novamente ao lado do jogo, consegue tirar um cruzamento milimétrico para a cabeça de Varela que restabelece o empate (2-2) mesmo no cair do pano (90'+5).
O empate deixa aberta uma janela para o apuramento para os oitavos-de-final, mas as perspectivas são quase nulas dadas a condição física dos jogadores da selecção portuguesa, do leque de indisponíveis por lesão e do melhor jogador do mundo muito abaixo dos 100% que o próprio CR7 defendeu.
Na próxima Quinta-feira, dia 26 de Junho, realiza-se a derradeira jornada do Grupo G. Alemanha defronta os EUA e Portugal joga com o Gana.
"Alemanha e EUA lideram o grupo com 4 pontos e um 'score' de golos positivo. Portugal soma apenas um ponto e um 'score' negativo. Portugal tem 2-6 (uma diferença de quatro golos negativos), enquanto os americanos têm 4-3 (um golo positivo). Isto se retirarmos a Alemanha da equação (6-2, positivos) num cenário mais difícil para manter os portugueses em prova. Ou seja, a equipa de Paulo Bento parte para a última jornada a precisar de vencer o Gana e recuperar cinco golos à selecção norte-americana." (in sol.pt)
A missão quase impossível de apuramento de Portugal passa pelos seguintes resultados possíveis:
- Portugal-Gana, 4-0; EUA-Alemanha, 0-1
- Portugal-Gana, 3-0; EUA-Alemanha, 0-2
- Portugal-Gana, 2-0; EUA-Alemanha, 0-3
- Portugal-Gana, 1-0; EUA-Alemanha, 0-4
- Portugal-Gana; 2-1; EUA-Alemanha, 0-4
Em caso de empate, serão considerados os seguintes critérios:
- Diferença de golos marcados e sofridos
- Golos marcados
- Confronto directo
- Sorteio
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