"Tenham cuidado,
Ele é perigoso,
Ele é o Óscar
Tacuara Cardozo"
O Benfica e o FC Porto voltaram a encontrar-se esta época, desta feita na meia-final da Taça da Liga.
O jogo foi, desde cedo, desvalorizado pelos dirigentes do Porto, nomeadamente pelo seu presidente que referiu que esta era uma oportunidade de rodar jogadores menos utilizados, antecipando uma eventual derrota (só pode!) e assim justificando a mesma.
O Benfica entrou muito bem no jogo e logo aos 4 minutos, numa jogada de insistência, pressionando a defesa do Porto, Witsel tabela com Bruno César e o "chuta-chuta" entregou a Maxi Pereira para este fuzilar o guardião adversário para o 1-0.
No entanto, a reacção do Porto não se fez esperar e logo a seguir: Hulk assistiu Lucho Gonzalez e este rematou à entrada da área, batendo Eduardo aos 8 minutos. O golo acontece apenas porque a bola embateu no peito de Javi Garcia, traindo Eduardo. A direcção da bola nem seguia a baliza e o mais certo era que fosse sair perto da bandeirola de canto. Mas o futebol é assim...
O Benfica acusou o golo e sobretudo a forma como o sofreu, permitindo várias ocasiões de golo ao adversário que, num livre apontado por João Moutinho, confirmou a reviravolta (1-2) com golo de Mangala, que saltou sem qualquer oposição.
Apesar de um período menos bom, com muitos passes falhados, a massa associativa puxou e acordou a equipa que até ao final da 1ª parte não se cansou de tentar tudo por tudo para dar a volta ao resultado. Seguiu-se então um festival de perdidas incríveis por parte da equipa da casa, com Luisão a cabecear à barra e, ainda na mesma jogada, rematar de pé esquerdo ao poste (esquerdo também). Minutos depois, foi a vez de Aimar levar a bola ao poste direito da baliza do Porto, num livre directo.
O sufoco só parou ao minuto 44 na sequência de um livre a meio do meio-campo do Porto marcado por Aimar, onde Javi fugiu aos defesas e dominou a bola ao segundo poste, assistindo Nolito que, com o peito, restabeleceu a igualdade com toda a justiça no marcador. Resultado que não se alterou até ao intervalo.
Na segunda parte, o jogo foi bastante mais morno nos primeiros minutos, com ambas as equipas muito tácticas. Aqui e ali foram criando espaços e algumas oportunidades, cabendo as mais flagrantes ao Benfica. Estava claro que eram necessárias alterações e, sem estranhar, entraram Gaitán, Cardozo e Saviola para os lugares de Bruno César, Nélson Oliveira e Aimar.
Cardozo foi mesmo decisivo quando, aos 81 minutos, numa rápida transição, tabelou com Gaitán, bateu em velocidade Mangala e na cara com Bracalli desferiu um remate certeiro para o 3-2 final. O Benfica conseguiu segurar a vantagem e garantiu a presença naquela que será a quarta final consecutiva. O futuro adversário será ou o Sporting de Braga ou o Gil Vicente.
No final do jogo, Vítor Pereira mostrou-se indignado com a arbitragem alegando a existência de bloqueios (mas será que o que vimos era um jogo de basquetebol?) - no segundo golo do benfica, bloqueios esses que foram, segundo disse, uma constante ao longo de toda a partida.
Por seu turno, Pinto da Costa referiu, para além destes alegados bloqueios e do facto da competição ser secundária - referindo-se ao troféu como a "taça deles" - ainda se mostrou indignado com um suposto fora-do-jogo mal assinalado a Hulk que isolava-se e poderia dar o 3-3.
- CURIOSO é que Vítor Pereira não tenha mostrado a mesma indignação quando, há umas semanas atrás, venceu no mesmo estádio com um golo em que estavam dois jogadores do Porto claramente fora-do-jogo;
- CURIOSO é que nesse lance apenas se vêem jogadores do Porto a queixarem-se de uma suposta mão de Nolito - que, relembro, marcou com o peito;
- CURIOSO é ninguém do clube que tanto se queixou ter falado num lance em que Lucho parte de posição irregular para uma oportunidade de golo flagrante (felizmente foi ao lado!), no qual o fiscal de linha nada assinalou;
- CURIOSO é que as imagens mostram precisamente a irregularidade no adiantamento de Hulk;
- CURIOSO é que as imagens mostram precisamente a irregularidade no adiantamento de Hulk;
- CURIOSO ainda é que João Moutinho, na "flash interview" tenha iniciado o seu discurso com referências a "outras coisas" que se passam no futebol e que não deixaram o Porto ganhar, tendo no decorrer da mesma corrigido esse discurso com a conclusão óbvia: a eficácia do benfica. Isto sem deixar de insistir que esta competição não interessa ao clube;
- CURIOSO é tanta indignação com uma competição que não tem enm nunca teve interesse para o clube, segundo não se cansam de afirmar.
1 comentário:
Segue-se o Gil Vicente. Contra todas as expectativas, o clube de Barcelos eliminou o favorito Braga no desempate através de grandes penalidades, conseguido após o golo do empate (2-2) alcançado a um minuto dos noventa regulamentares. Quim foi o protagonista pelas piores razões com um monumental "frango". É assim o futebol: imprevisível!
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