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O estádio do Dragão recebeu esta noite o último clássico da 1.ª Liga entre FC Porto e SL Benfica naquele que pode significar a revalidação do título de campeão nacional pelo clube nortenho. O resultado final foi 2-1, com os golos a serem apontados por Lima, Maxi Pereira na própria baliza e Kelvin.
O decisivo encontro da 29.ª jornada começou com um certo equilíbrio, apesar do Porto aparecer bastante pressionante logo à saída do meio campo do Benfica.
Depois dos primeiros 10 minutos de maior intensidade ofensiva por parte dos "azuis-e-brancos", o Benfica acabou por surpreender chegando ao golo aos 18'. Após um lançamento de linha lateral por Salvio, a bola sobrou para Garay que rematou contra as pernas dos defesas portistas, fazendo a bola sobrar para o segundo poste onde apareceu Lima a rematar a bola para o fundo da baliza da Helton (0-1). Ainda se pediu fora-de-jogo, mas sem razão.
A formação orientada por Vítor Pereira voltou ao ataque e, com muita sorte, acabaria por chegar à igualdade. Numa jogada pelo flanco esquerdo, Varela vai até à linha de fundo e cruza, com a bola a sofrer um desvio na perna de Maxi Pereira, traindo Artur Moraes (25'). Estava reposta a igualdade (1-1) bem à maneira da sorte que sempre acompanha o clube "azul-e-branco" na história dos dérbis entre os dois clubes.
Dois minutos depois, Lima testou os reflexos de Helton, com o guardião brasileiro a defender quase por instinto para canto.
Chegados ao intervalo, o empate era um resultado que se aceitava, atendendo às oportunidades criadas de parte a parte.
No segundo tempo, com o jogo muito disputado no miolo do terreno, o Benfica foi mostrando-se mais sólido. Ainda assim, o desgaste que certos jogadores evidenciavam, tal como Gaitán ou Olah John, o mais flagrante, fizeram Jorge Jesus mexer, colocando no seu lugar Roderick (66') e Aimar (81'), respectivamente.
Aos 81', já com Cardozo em campo, que entrara aos 73' para o lugar de Lima, pertenceu ao Benfica a melhor oportunidade de golo da segunda parte para os "encarnados". Na cobrança de um livre directo, o artilheiro paraguaio enganou a barreira com um remate rasteiro que só não deu em golo porque Helton, muito atento, conseguiu sacudir com a ponta dos dedos para canto.
Na resposta (84'), o erro mais grave do encontro: James Rodríguez, isolado, mas em claro fora-de-jogo, quase marcou. Felizmente, a bola foi ao poste.
Numa altura em que o jogo corria claramente de feição ao Benfica, que controlava e geria o tempo, já em tempo de descontos (90’+1), eis que numa bola enviada para a frente, Liedson combina com Kelvin que, à entrada da grande área, remata cruzado, surpreendendo Artur, que parece um pouco mal batido. O FC Porto chegou desta forma, sem merecer, ao golo da vitória, passando para a liderança com um ponto de vantagem sobre o Benfica, a uma jornada do fim.
O contraste de emoções dos protagonistas
in abola.pt |
"De quem é a responsabilidade? É minha, é do treinador. Estivemos em primeiro durante a maior parte do campeonato, mas isso pode não chegar. Tivemos uma época mais desgastante que o FC Porto, devido às exigências da Liga Europa, e isso pesou. Não senti necessariamente que está perdido. Só na última jornada se vai decidir. Mas está mais difícil, como é óbvio. Quando se perde assim, acredito que emocionalmente vão ficar marcas. É uma derrota que custa muito porque aconteceu no último lance, numa jogada de pontapé para a frente. É difícil, porque agora temos uma final na quarta-feira e isto deixa-nos profundamente sentidos. Todas as derrotas custam, mas como disse esta é uma que custa particularmente e que nos penaliza fortemente, emocionalmente. Durante o jogo não existiram grandes oportunidades de golo. Competia ao FC Porto ser a equipa com mais comando, porque a eles só lhes interessava a vitória. A nós, o empate servia-nos e pensámos que poderíamos sair daqui com esse resultado... mas o futebol tem destas coisas."
Jorge Jesus
"Fui feliz. Tínhamos de arriscar e houve mérito do Kelvin, teve qualidade e irreverência de chegar a um jogo deste, rematar e fazer um golo daqueles."
Vítor Pereira
A polémica escolha da equipa de arbitragem
in aeiou.pt |
Desta feita e apesar de Pedro Proença ter cometido alguns erros, contudo sem influência no desfecho do resultado, há a assinalar, em primeiro lugar, o desrespeito aos regulamentos da Federação Portuguesa de Futebol, na medida em que Proença estava proibido de dirigir uma partida entre qualquer um dos clubes intervenientes sem que tivesse cumprido um mínimo de cinco jogos de intervalo. Já aqui referi este facto, que foi amplamente comentado nos demais programas e debates que antecederam a partida.
Tendo como protagonistas os jogadores da casa, os erros que mais prejudicaram a formação "encarnada" foram as entradas por trás por parte de Danilo, sem que este tenha visto o cartão amarelo, e as duas simulações de James Rodríguez tentando arrancar numa delas um penalty.
Critério diferente foi o que se viu com as faltas-fantasma que ditaram a admoestação com o cartão amarelo a Enzo Pérez e a Matic do lado do Benfica; mais grave foi o lance que, graças a Deus, James Rodriguez desperdiçou com um remate ao poste que depois saiu pela linha final; aqui dois jogadores aparecem em claro fora-do-jogo, um na zona central e James à entrada da grande área descaído para a direita. Se resultasse em golo, teríamos a reedição do que se passou no ano anterior, quando o auxiliar de Proença não assinalou o fora-de-jogo ao jogador portista que marcou o golo da vitória.
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