sábado, 17 de maio de 2014

Uma questão de (in)competências

No passado dia 14-05-2014 realizou-se a Final da Liga Europa e já muito se falou e escreveu sobre as más decisões da arbitragem, com especial relevo no momento mais decisivo do encontro: o desempate por grandes penalidades.

Segundo as regras para apurar um vencedor de um troféu após uma igualdade no marcador, a marcação de penalties tem de obedecer a regras específicas:

  1. O guarda-redes deverá permanecer sobre a linha de baliza, em frente ao jogador que remata, entre os postes até que a bola esteja em jogo.
  2. O guarda-redes viola as regras de jogo se, antes de o adversário tocar na bola, sair da linha de baliza.
  3. Como o árbitro deverá agir, em caso de infracção do guarda-redes:
    • Se a bola ultrapassar a linha de baliza, será validado o golo;
    • Se a bola não entrar, o penalty tem de ser repetido.




Este vídeo mostra o enquadramento do árbitro e o auxiliar num jogo anterior à novas regras que implementaram os famosos "juízes de baliza" cuja utilidade continua a ser questionada.

Cabe ao auxiliar do árbitro assinalar a infracção do guarda-redes, caso a bola não entre. O guarda-redes deverá ser punido disciplinarmente com a amostragem do cartão amarelo. Em caso de reincidência, poderá ver o segundo cartão amarelo e receber consequente ordem de expulsão. Neste caso, apenas um dos restantes jogadores que terminaram a partida poderão ocupar a posição de guarda-redes.

Numa competição prestigiada e, sobretudo, numa final que se decide naquilo que a própria FIFA descreve como não pertencer ao jogo - daí o Benfica deter a proeza de terminar a competição invicto -, não se compreende que as regras não sejam aplicadas, principalmente quando existe mais um elemento a auxiliar o árbitro.

Vejamos a seguinte sequência de imagens do primeiro penalty que Beto defendeu. E apenas se analisa este que foi o mais flagrante dos dois que o guarda-redes do Sevilha conseguiu travar.



in peticaopublica.com

Comparativamente às decisões correctas e corajosas daquele árbitro e seu auxiliar, o trabalho da equipa de arbitragem nomeada pela FIFA deixa-nos todos a desejar e angustiar pela implementação das novas tecnologias, visto que o "erro humano" teima em persistir.

O próximo video, que aponta outros lances polémicos do Sevilha-Benfica, termina precisamente com a análise a este penalty, servindo de complemento aos frames acima.

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