segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Supertaça Cândido Oliveira: Benfica 3-2 Rio Ave (g.p.)

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A equipa principal de futebol do Sport Lisboa e Benfica conquistou, este Domingo em Aveiro, a 5.ª Supertaça Cândido Oliveira, ao bater por 3-2 o Rio Ave, finalista vencido da Taça de Portugal, no desempate por grandes penalidades. Com esta vitória, o Benfica entra para a história do futebol português por fazer um poker inédito com a conquista de quatro títulos referentes à mesma época: Campeonato Nacional, Taça de Portugal, Taça da Liga e Supertaça.


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Este foi o "onze" escolhido por Jorge Jesus: Artur na baliza; eixo defensivo composto por Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Eliseu; Salvio (Tiago, 106’) na ala direita e Gaitán (Ola John, 98’) à esquerda; Enzo Perez e Rubem Amorim no miolo; e na frente de ataque Talisca (Derley, 68’) e Lima.

Antes do jogo começar, nota para a lotação esgotada do Estádio Municipal de Aveiro, que muitos não acreditavam ser possível, dada a "debandada" de jogadores do plantel principal e, mais recentemente, as exibições e maus resultados conseguidos nos jogos de pré-época.

Após o apito inicial de Duarte Gomes, o Benfica encarnou as declarações de Jorge Jesus - «Agora é a sério!» - e, desde logo, assumiu o controlo do jogo.

Logo aos 2', o primeiro caso polémico da partida. Na sequência de um pontapé de canto, Luisão vê a bola ser travada pela mão de um defesa do Rio Ave. Parece ser casual, pelo remate "à queima-roupa", mas seja como for, trava um golo iminente. Portanto, grande penalidade que ficou por assinalar a favor do Benfica.

Com uma pressão muita alta a meio campo, o Benfica não dava hipóteses aos Rio Ave, também desgastado do jogo europeu de Quinta-feira, de construir ataques. 

Gaitán, Talisca, Enzo Pérez e Rúben Amorim constituíam uma parede à entrada do meio campo "encarnado". Depois tanto Gaitán como Talisca iniciavam as ofensivas combinando com Salvio e Eliseu para servir Lima.

Aos 10', nova grande oportunidade para as "águias". Salvio trabalha bem na direita e serve Lima, que remata contra a floresta de pernas dos vilacondenses. Na recarga, Maxi Pereira tenta remata cruzado e Talisca falha a emenda por muito pouco.

Com um domínio avassalador, os atacantes do Benfica não conseguiam, porém, penetrar no "autocarro" de jogadores do Rio Ave estacionados à frente da baliza de Cássio, optando muitas vezes por remates de meia distância. Casos de Eliseu (15'), Talisca (21', 22', 45´+2), Lima (21'), Enzo (30') ou Gaitán (39'). Isto quando não eram travados em falta.

Aos 24', mais uma grande oportunidade desperdiçada. Desta vez, Eliseu centra para o coração da área, mas um defesa corta a bola, que sobra para Salvio; o argentino remata de primeira com o pé direito para o corte de um defesa a substituir o guarda-redes; na recarga, Salvio remata com o pé esquerdo para a defesa de Cássio com alguma sorte à mistura.

Aos 35', Talisca volta a estar perto do golo: Salvio cruza rasteiro mas o brasileiro chega atrasado, perdendo-se mais uma oportunidade para inaugurar o marcador.

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A terminar a primeira parte (45'+1), Artur complica tentando um drible perante dois jogadores do Rio Ave, mas acaba por resolver com a ajuda de um defesa que aliviou o esférico. Muita intranquilidade que se mantém no guardião das "águias".

A segunda parte começou tal como a primeira, com o Benfica instalado no meio campo defensivo do Rio Ave. Várias tentativas pelos remates de Talisca (47'), Salvio (63', 79'), Lima (64', 85'), Rúbem Amorim (73'), Maxi Pereira (77', 85'), Luisão (83') e Jardel (83', 91').

A partir do minuto 60, alguns jogadores começavam a dar sinais de elevado desgaste, casos de Salvio, Enzo Pérez, Talisca e Gaitán. No entanto, Jorge Jesus tardava em mexer na equipa. A primeira alteração acaba por acontecer só aos 69', com a entrada de Derley para o lugar de Talisca.

Aos 72', novo caso: Prince toca a bola com a mão dentro da grande-área, mas mais uma vez Duarte Gomes nada assinala. Segunda grande penalidade por assinalar.

O fim do tempo regulamentar chegou após 3 minutos de descontos, mas o nulo persistiu, penalizando a falta de eficácia dos jogadores do Benfica.

O prolongamento volta a trazer um Benfica pressionante e à procura do golo. Na sequência de um livre apontado por Gaitán (93'), Jardel cabeceia para a defesa de Cássio e, na recarga, Enzo Pérez não consegue desfeitear Cássio. Depois foi a vez de Lima tentar mais uma vez a sua sorte (103') num cabeceamento depois de um cruzamento de Maxi Pereira.

Por esta altura o Rio Ave já conseguia equilibrar mais a partida até que JJ decidiu, finalmente, refrescar a equipa. Primeiro entrou Ola John para o lugar de Gaitán e depois foi a vez de Bebé (Tiago) substituir Salvio.

Na segunda parte do prolongamento, Lima volta a não acertar na baliza, rematando por cima da baliza (108'). O avançado brasileiro volta a testar a atenção de Cássio pouco depois (112') na marcação de um livre directo, mas o remate sai à figura. Ainda assim, Cássio defende a dois tempos.

Aos 117', como "não há duas sem três", novo corte com a mão na grande-área do Rio Ave que, mais uma vez, o trio de arbitragem considera casual ou não existir. Terceiro penalty por assinalar.

E já com Enzo Pérez a arrastar-se por problemas físicos - recorde-se que o argentino não realizou nenhum jogo de pré-época -, é o Rio Ave que acaba por dispor da oportunidade mais flagrante em todo o prolongamento. Após a marcação de um canto, Artur falha a saída à bola, deixando à mercê de um atacante do Rio Ave. Jardel no desespero do alívio, acerta com estrondo na barra da própria baliza. Aqui, como diria João Pinto, antigo jogador do FC Porto, Jardel terá rematado à trave «para evitar o pontapé de canto». Muita sorte para o Benfica.

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Chegados ao fim do tempo extra, a decisão seguiu para o desempate através da marcação de grandes penalidades. E aqui, o "Rei Artur", que quase comprometeu o jogo em duas intervenções, foi decisivo com as suas intervenções. Artur defendeu o remate de Tarantini (0-0), Cássio defendeu o penalty de Derley (0-0). Filipe Augusto fez o primeiro golo da noite (0-1). Lima empatou (1-1). Ukra voltou a marcar (1-2), Bebé (Tiago) empatou (2-2). Diego Lopes permitiu a defesa de Artur (2-2). Luisão, colocou pela primeira vez o Benfica na frente (3-2). No quinto penalty, Tiago Pinto voltou a não conseguir enganar Artur que, com uma palmada, defendeu e garantiu ao Benfica o pleno em conquistas de competições nacionais em 2014. 

O Benfica esteve presente em 15 edições da Supertaça, tendo vencido apenas por quatro vezes, nomeadamente em 1980, 1985, 1989 e 2005. Soma agora o 5.º troféu, reforçando o estatuto de clube mais titulado de Portugal.

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